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“Mariana, MG: o que fazer, onde ficar e mais dicas”


Situada no coração de Minas Gerais, a lista de o que fazer em Mariana envolve muita história e cultura. Afinal, a cidade que foi fundada em 1696 como Arraial Nossa Senhora do Carmo foi a primeira vila, cidade e capital de Minas Gerais.

Seu rápido crescimento foi resultado da descoberta de uma grande quantidade de ouro na região. Posteriormente, passou a se chamar Mariana, em homenagem à esposa do Rei de Portugal, Dom João V. Foi uma das primeiras cidades planejadas do país, fato que fica evidente em seu traçado urbanístico, composto por ruas retilíneas e praças retangulares.

Neste artigo, reunimos o que fazer em Mariana, além de dicas sobre quando ir, como chegar e onde se hospedar nesta encantadora e pioneira cidade histórica mineira.

ONDE FICA MARIANA

A cidade de Mariana está situada no sudeste do estado de Minas Gerais, a uma distância de 115 km ao sul da capital Belo Horizonte.

O município se encontra na vertente sul da extensa Serra do Espinhaço, em uma região montanhosa e de relevo acidentado com rica diversidade natural.

Grande parte da cidade de Mariana está em um vale a uma altitude média de 700 metros. Porém, alguns distritos e áreas do município se encontram em altitudes ainda mais elevadas, como é o caso do Pico do Itacolomi, que está em uma altitude de 1772 metros.

Banhada pelo Rio do Carmo, na bacia do Rio Doce, Mariana também se encontra na rota do Caminho dos Diamantes, uma das Estradas Reais que conecta Ouro Preto à Diamantina. O município possui 9 distritos em seu território e faz divisa com o município de Catas Altas, onde está localizado o Santuário do Caraça.

Outras cidades históricas estão ou uma curta distância de Mariana, como Ouro Preto (12 km), ou a uma distância média, como é o caso de Congonhas (68 km).

QUANDO VISITAR MARIANA

Panorâma de Mariana, Minas Gerais

Foto: Getty Images

Mariana tem um clima tropical de altitude, com verões chuvosos e invernos secos.

A melhor época para visitar é durante a estação seca, de abril a setembro, quando a cidade recebe menos chuvas e é mais fácil explorar suas atrações, incluindo as belezas naturais. Neste período, as temperaturas variam entre 12ºC e 25ºC.

Já de outubro a março, na estação chuvosa, as temperaturas ficam ligeiramente mais altas (entre 18ºC e 28ºC) e o uso de guarda-chuva é indispensável, sendo as trilhas e cachoeiras opções populares, embora seja necessário cautela.

Eventos e festividades

Ao contrário das outras cidades históricas, Mariana não conta com uma agenda de eventos tão dinâmica. Geralmente, os eventos são locais e de menor porte, salvo o Festival de Inverno (em julho), um evento organizado em conjunto com Ouro Preto e sediado em ambas as cidades.

Dessa forma, nos outros meses do ano você encontrará festividades menores. O Carnaval de Mariana se assemelha ao de outras cidades históricas, num formato de carnaval de rua, com blocos e foliões dançando ao som de marchinhas.

Já durante a Semana Santa, existem as tradicionais procissões pelas ruas da cidade, cobertas por tapetes devocionais de serragem. Destaca-se a Procissão das Almas, realizada nos primeiros minutos do Sábado de Aleluia.

Já as comemorações do feriado de Corpus Christi ocorrem em fins de maio ou junho, também com procissões e tapetes devocionais, sendo considerado um dos eventos religiosos mais importantes do estado.

Ainda em junho, acontecem as famosas Festas Juninas, com destaque para o dia de São Pedro, em 29 desse mês.

Em outubro ocorre a Semana do Mestre Ataíde, que presta homenagem a esse grande artista nascido em Mariana, com oficinas de arte e exposições.

No começo de novembro, acontece o Festival da Canção de Mariana, com apresentações de músicas inéditas premiadas no festival.

Finalmente, dezembro é marcado pelas Festividades Natalinas, quando o centro histórico é todo decorado com luzes de Natal, além de existir uma programação variada praticamente todos os finais de semana do mês.

QUANTOS DIAS FICAR EM MARIANA

Mariana, Minas Gerais, vista do alto

Costas da Igreja São Pedro dos Clérigos | Foto: Getty Images

Geralmente, os visitantes vão a Mariana em uma viagem combinada com Ouro Preto, devido à proximidade entre ambas as cidades. Embora seja possível conhecê-la em uma visita bate e volta, sugiro dedicar 2 dias ao destino.

Se sua intenção for explorar também os arredores, como os outros distritos do município ou as belezas naturais do Parque Estadual do Itacolomi, adicione mais um ou dois dias ao seu roteiro.

ONDE SE HOSPEDAR EM MARIANA

Rua do centro histórico de Mariana com casas coloniais

Centro histórico | Foto: Getty Images

Apesar de ser uma cidade turística, Mariana não oferece uma grande variedade hotéis. Fica evidente que a cidade dispõe de uma rede hoteleira mais enxuta que Ouro Preto, com acomodações mais simples.

No entanto, hospedar-se em Mariana pode ser uma boa opção para quem deseja evitar as multidões e as ladeiras íngremes da famosa cidade vizinha. Mariana é mais pacata, além de estar situada em uma área menos acidentada do território, o que facilita bastante a locomoção.

Se desejar se hospedar no centro histórico, que, aliás, é compacto se comparado às outras cidades históricas, utilize a Praça Minas Gerais como ponto de referência.

Abaixo, reunimos opções de hospedagem em Mariana:

Econômico

  • Pousada do Chafariz: situada no centro histórico, a apenas 300 metros da Praça Minas Gerais, a pousada oferece suítes confortáveis equipadas com TV, frigobar e ventilador. Esta pousada dispõe ainda de uma piscina de uso sazonal, estacionamento privativo e café da manhã com especialidades regionais;
  • Hotel Faísca: localizada a apenas 5 minutos a pé da Praça Minas Gerais, esta pousada é simples, porém oferece boas comodidades. Dispõe de quartos individuais ou duplos, equipados com TV e frigobar. O estacionamento bem como o café da manhã estão inclusos.

Bom custo-benefício

  • Pousada Primaz de Minas: a pousada está situada em um edifício amplo e moderno, a apenas 10 minutos de caminhada da Praça Minas Gerais. Os quartos contam com ar-condicionado, TV e frigobar. Além disso, há estacionamento privativo e um excepcional café da manhã incluso;
  • Pousada da Chácara: fica em uma fazenda a 1,2 km do centro de Mariana. Tem uma piscina, um parquinho para crianças e uma área de churrasqueira, assim como suítes novas e equipadas. Inclui estacionamento e café da manhã.

Conforto

  • Pousada Contos de Minas: localizada no centro de Mariana, a hospedagem tem instalações novas e confortáveis, com TV, frigobar e ar-condicionado. Tanto o estacionamento quanto o café da manhã estão inclusos nas diárias.

O QUE FAZER EM MARIANA

Sendo a primeira cidade de Minas Gerais, Mariana também teve seu desenvolvimento impulsionado pelo Ciclo do Ouro, em paralelo a Ouro Preto.

Assim, belas igrejas barrocas e casarões coloniais formam seu patrimônio arquitetônico. Seus museus, embora pequenos, também auxiliam o visitante a compreender a importância religiosa e cultural do destino.

A cidade oferece várias atrações turísticas, apesar de seu centro histórico relativamente pequeno. Graças ao seu traçado quase ortogonal, composto por praças retangulares e ruas retas, é fácil percorrer a distância entre os pontos turísticos, os quais, aliás, estão próximos uns dos outros.

Recomendamos explorar a cidade com calma, caminhando a passos lentos para apreciar sua paisagem. A seguir, apresentamos as principais atrações turísticas de Mariana.

Praça Minas Gerais

Praça Minas Gerais com fachada de duas igrejas barrocas

Foto: Sergiimostovyi

A Praça Minas Gerais, situada no coração do centro histórico de Mariana, é a praça mais emblemática da cidade e um excelente ponto de partida para o seu passeio.

A partir da década de 1740, um plano urbanístico estabeleceu o traçado retangular da cidade mineira, sendo responsável pelas mudanças urbanas na então Vila do Carmo.

A praça exibe um conjunto arquitetônico barroco em formato de U, erguido a partir da segunda metade do século XVIII. Este conjunto inclui a Igreja de São Francisco de Assis, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e a antiga Casa de Câmara e Cadeia.

Esta última edificação, aliás, é um dos mais esplêndidos exemplares de arquitetura civil colonial, erguido entre 1768 e 1795. Atualmente, abriga a sede da Câmara Municipal de Mariana e está aberta à visitação gratuita.

Existe ainda um pelourinho esculpido em pedra, situado entre a Casa de Câmara e a Igreja de São Francisco de Assis. Vale ressaltar que essa estrutura é uma réplica do pelourinho original, construído em 1750 na Praça da Sé.


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Praça Gomes Freire

Lago artificial da arborizada Praça Gomes Freire

Foto: Milan Tvrdy via Flickr

A Praça Gomes Freire representa um dos mais antigos espaços históricos de Mariana, situando-se a poucos metros da Praça Minas Gerais.

Sua origem remonta ao início do século XVIII e ao longo do tempo assumiu diversas configurações e funções, sendo também conhecida por diferentes nomes, como Largo do Rossio e Largo da Cavalhada.

Data dessa época o Chafariz dos Cavalos (1747), um bebedouro de animais que permanece preservado. Naquela época, o largo era um descampado que servia como arena para touradas, cavalgadas e celebrações religiosas.

Posteriormente, no final do século XIX, a praça passou por um projeto paisagístico que incluiu a criação de jardins, resultando na forma atual e na mudança de nome para Praça da Independência. Ao longo do século XX, outras melhorias urbanísticas foram realizadas, como a instalação de um coreto, a criação de um lago artificial, a construção de uma ponte e a organização de canteiros geométricos.

Atualmente conhecida como Praça Gomes Freire ou Jardim de Mariana, este espaço é um dos locais mais populares da cidade, tanto para os moradores quanto para os visitantes.

Os bancos sombreados pelas árvores tornam este local ideal para descanso e contemplação, além de oferecer uma apreciação estética, devido ao conjunto colonial ao seu redor. Vale ressaltar o Chafariz São Francisco (1801) e o Palácio Conde de Assumar (1715) – que abriga o Museu de Mariana.

Além disso, a praça é o principal ponto de convívio social da cidade, onde muitos bares e restaurantes ocupam os antigos casarões erguidos ao seu redor. Assim, é um local que merece ser visitado tanto durante o dia quanto à noite.

Praça da Sé

Praça da Sé de Mariana com igreja vista de frente

Catedral da Sé | Foto: Getty Images

A Praça Cláudio Manoel, popularmente conhecida como Praça da Sé, está a cerca de cem metros ao norte da Praça Gomes Freire.

A partir de meados do século XVIII, o plano urbanístico concebeu o espaço como Largo da Matriz, tornando-o um importante símbolo do poder colonial. Destacava-se pela presença do pelourinho e do chafariz, os quais foram removidos ao longo dos anos devido às várias transformações do local.

A edificação histórica mais imponente da praça é a Basílica de Nossa Senhora de Assunção (1711-1760), também conhecida como Catedral da Sé, que dá nome à praça e está delimitada pela Rua Direita. No entanto, em seu entorno, encontram-se outras importantes construções, como a antiga residência do poeta e inconfidente Cláudio Manoel da Costa e a antiga Casa da Intendência.

Atualmente, a praça é o cenário de solenidades religiosas e cívicas, além de abrigar uma variedade de comércios nos casarões coloniais ao seu redor.

Rua Direita

Rua Direita com casas coloniais preservadas

Foto: Sylvio Bazote via Flickr

A Rua Direita é uma das mais importantes vias de Mariana e a segunda mais antiga da cidade.

Recebeu esse nome seguindo o costume português de denominar assim a rua que ficava à direita da principal instituição da cidade, neste caso a antiga Capela Nossa Senhora da Conceição, hoje Catedral da Sé. Esse costume conferia centralidade ao endereço, que era habitado pelas famílias mais abastadas da vila durante o Ciclo do Ouro.

A via tem como característica as construções coloniais presentes em seu traçado retilíneo, formando um dos conjuntos arquitetônicos mais bem preservados da cidade.

Destacam-se a Casa Setecentista (século XVIII), atual sede do IPHAN, e a Casa do Barão de Pontal (1752/1790), com sacadas rendilhada em pedra-sabão, considerada a única desse gênero no Brasil.

Além disso, vale ressaltar o casario do final do século XVIII, onde posteriormente viveu o poeta simbolista Afonso Henriques da Costa Guimarães. A edificação abriga atualmente o Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, em homenagem à sua obra. A entrada é gratuita.

Igrejas e Capelas

Fachada da Igreja São Francisco de Assis em Mariana

Igreja São Francisco de Assis | Foto: Getty Images

Mariana é famosa por suas belas igrejas e capelas, que representam o esplendor do período colonial brasileiro. Confira abaixo as principais delas:

Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção

A consagrada Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção (1711-1760), também conhecida apenas como Catedral da Sé, é um dos edifícios religiosos mais antigos de Mariana.

Situada na Praça da Sé, a igreja tem fachada com traços sóbrios e conta com um corpo central e dois campanários laterais. O estilo arquitônico é influenciado pelo estilo chão português, marcado pela austeridade de formas e comum na arquitetura sacra mineira na primeira fase do período colonial.

O interior apresenta obras de Mestre Ataíde e Francisco Xavier de Brito, além de ter intervenções de Manuel Francisco Lisboa.

Contudo, a catedral destaca-se por abrigar um verdadeiro tesouro musical: um órgão alemão do início do século XVIII, construído por Arp Schnitger e doado pela Coroa Portuguesa ao primeiro bispo de Mariana em 1753.

O ingresso custa R$5 e concede acesso também ao Museu de Arte Sacra e Museu da Música. Porém, os visitantes podem ver a igreja gratuitamente durante a missa.  O espaço abre de terça a domingo das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h, e aos domingos das 13h30 às 17h. 

Igreja São Francisco de Assis

A Igreja de São Francisco de Assis (1763 e 1794) destaca-se como uma das mais magníficas de Mariana. Localizada na Praça Minas Gerais, foi construída toda em pedra e apresenta um estilo barroco com elementos do rococó.

Seu projeto arquitetônico, assim como os detalhes ornamentais em seu interior, como o púlpito, retábulo-mor, lavabo e teto da capela, são atribuídos a Aleijadinho, enquanto as pinturas são de autoria do Mestre Ataíde. Vale destacar que o próprio Mestre Ataíde está sepultado em seu interior.

A igreja foi construída em uma época em que Mariana era a cidade mais importante de Minas Gerais, explicando assim a grandiosidade da construção em diversos aspectos, seja no tamanho, detalhamento ou nas peças de ouro em seu interior. Devido à sua relevância histórica, artística e religiosa, foi tombada pelo IPHAN em 1938.

Atualmente, encontra-se fechada para restauração.

Igreja Nossa Senhora do Carmo

A Igreja Nossa Senhora do Carmo (1784 -1835) é considerada um dos mais belos templos religiosos em estilo rococó. Integra o mesmo conjunto arquitetônico da Praça Minas Gerais, juntamente com sua vizinha, a Igreja São Francisco de Assis.

A fachada da igreja é um exemplo marcante do estilo rococó, caracterizado por linhas suaves, curvas e elementos ornamentais delicados.

Possui um portal principal ricamente decorado, ladeado por duas torres cilíndricas que se destacam na paisagem urbana de Mariana. Em seu interior, destaca-se o altar-mor em talha dourada, projeto de Félix Antônio Lisboa, meio-irmão de Aleijadinho.

Para entrar, deve-se pagar R$3. A igreja abre de terça a domingo das 9h às 17h (fechada às segundas-feiras e feriados).

Igreja de São Pedro dos Clérigos

A Igreja São Pedro dos Clérigos é uma das preciosidades arquitetônicas da cidade. Sua construção teve início em 1753, pelas mãos de José Pereira Arouca, com projeto de autoria de Antônio Pereira de Souza, que a concebeu em estilo barroco com planta elíptica.

No entanto, a construção da igreja avançou lentamente e nunca foi completamente finalizada, sendo abandonada em meados do século XIX. Somente em 1920 as duas torres foram completadas, sob supervisão do padre e arquiteto Arthur Hoyer.

Localizada em uma porção elevada da cidade, oferece uma vista privilegiada de Mariana. Aberta de terça a domingo das 9h às 14h, a entrada custa R$2.

Dica: se você tiver tempo e interesse em explorar o circuito religioso de Mariana, outros edifícios históricos que definitivamente valem a visita incluem a Igreja de Nossa Senhora dos Anjos (1784), a Igreja de Santa Teresa D’Ávila (século XVIII), a Igreja de São Sebastião (1753), a Igreja Nossa Senhora das Mercês (fins séc. XVIII), a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (1758), a Capela de São Jorge (fins séc. XVIII), a Capela de Nossa Senhora de Boa Morte (século XVIII) e a Capela de Santo Antônio (fins século XVII).

Durante a Semana Santa, ainda é possível visitar as capelinhas, conhecidas como Passos, que narram os eventos da Paixão de Cristo. Estas incluem o Passo da Coroação de Espinhos, o Passo da Ladeira do Rosário e o Passo do Pretório.

Mina de Ouro da Passagem

Interior da Mina da Passagem

Foto: MTur Destinos via Flickr

A Mina da Passagem é uma das mais antigas e profundas minas de ouro do Brasil. Auto-declarada a maior mina aberta à visitação no mundo, está situada no distrito Passagem de Mariana, entre Ouro Preto e Mariana.

Sua abertura remonta ao início do século XVIII, durante o ápice da exploração do ouro na região. Estima-se que tenham sido extraídas cerca de 35 toneladas de ouro da mina, que foi fechada em 1954 e reaberta para visitação na década de 1970.

Com uma extensa rede de galerias que se estende por mais de 30 km abaixo da superfície, a Mina da Passagem apresenta lagos subterrâneos de águas cristalinas formados pelos aquíferos que inundaram os túneis.

A descida subterrânea de 315 metros de extensão e 120 metros de profundidade é realizada por meio de trolleys, os mesmos carrinhos utilizados pelos antigos mineradores. Portanto, diferencia-se das outras minas em Ouro Preto por sua escala industrial, com túneis mais amplos e profundos.

A visita na mina dura aproximadamente 45 minutos. No entanto, há a possibilidade de fazer mergulhos nos lagos subterrâneos, uma atividade realizada por empresas especializadas e com custos adicionais e agendamento prévio.

O ingresso, vendido na bilheteria local apenas em dinheiro, custa R$210. Todavia, existe a possibilidade de descontos em determinadas épocas do ano. A mina abre de segunda a sexta das 9h às 16h e sábados, domingos e feriados das 9h às 17h.

COMO CHEGAR EM MARIANA

Panorâma de Mariana, em Minas Gerais

Foto: gustavo nacht via Unsplash

A cidade de Mariana é facilmente acessível de carro ou ônibus, tanto de Belo Horizonte (115 km), quanto de Ouro Preto (12 km).

Dado que Mariana não possui aeroportos, a alternativa mais próxima é o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (CNF), localizado em Confins.

A seguir, apresentamos as principais formas de chegar a Mariana, conforme o meio de transporte escolhido.

De carro

Partindo de Belo Horizonte (115 km), a rota mais rápida é pela BR-040 em direção ao Rio de Janeiro. Após percorrer cerca de 20 km, faça o desvio para BR-356 (Rodovia dos Inconfidentes) em direção Ouro Preto/Mariana. A viagem tem duração aproximada de 2 horas.

A partir do Rio de Janeiro (412 km), o trajeto recomendado é seguir via BR-040 em direção a Belo Horizonte. Em Conselheiro Lafaiete (MG), faça o desvio para a rodovia MG-129 em direção a Ouro Branco. Depois, siga pela mesma rodovia até Mariana, passando por Ouro Preto. Essa viagem tem uma duração aproximada de 6 horas.

Saindo da cidade de São Paulo (689 km), a rota mais rápida é pela BR-381 (Rodovia Fernão Dias) até Belo Horizonte. A partir da capital mineira, o trajeto até Mariana segue as mesmas orientações descritas acima, totalizando uma viagem de aproximadamente 9 horas.

Outra alternativa da capital paulista é optar por estradas menores a partir de Carmópolis de Minas, seguindo pelas rodovias MG-270, MG-155, MG-443 e MG-129.

Apesar de serem estradas estaduais, nem sempre bem conservadas, esta opção oferece a oportunidade de explorar o interior mineiro e passar por lugares como Congonhas, Ouro Branco e Ouro Preto antes de chegar a Mariana. Este trajeto também possui duração aproximada de 9 horas, embora percorra uma distância menor.

De ônibus

Viajar para Mariana de ônibus é relativamente fácil, apesar da limitada oferta de linhas e empresas que realizam esse trajeto.

Abaixo, listamos as opções de ônibus provenientes das principais capitais até Mariana.

  • De Belo Horizonte: a Pássaro Verde oferece uma ampla variedade de horários de ônibus, em viagens que duram aproximadamente 2h30 (a partir de R$60);

  • Do Rio de Janeiro: não há ônibus diretos entre as duas cidades. Portanto, é necessário viajar primeiro para Belo Horizonte. Essa viagem, que dura cerca de 8 horas, pode ser feita tanto com a Viação Guanabara quanto a Cometa (a partir de R$135). Além disso, há horários disponíveis via Buser;

  • De São Paulo: a Viação Guanabara oferece apenas um horário diário de ônibus com destino a Mariana. A viagem tem duração aproximada de 13h30 (a partir de R$165). 

 

Dica: uma alternativa é viajar de ônibus até a Ouro Preto (confira como chegar em Ouro Preto aqui). A partir de lá, você pode escolher entre utilizar um táxi ou Uber, ou então os serviços dos ônibus intermunicipais para ir até Mariana, que custam apenas R$6,45.

De tranfer

Outra opção para chegar em Mariana é por meio de um transporte particular, como táxi, Uber ou transfer privativo.

Essa é uma boa alternativa para quem desembarca no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (CNF) e não quer alugar um carro e nem ir até a rodoviária de Belo Horizonte para pegar o ônibus. Ou seja, perfeito para quem busca conforto.

Partindo do aeroporto são aproximadamente 160 km até Mariana em uma viagem de cerca de 2h20. Em uma cotação com a Turismo Ouro Preto, agência de viagem local, o transfer privado para Mariana em um carro para até 4 pessoas tem um custo de R$500 o trecho.

COMO SE LOCOMOVER EM MARIANA

Rua do centro histórico de Mariana, Minas Gerais

Foto: Getty Images

Mariana tem um centro histórico relativamente compacto e plano. Ao contrário de sua vizinha Ouro Preto, as principais atrações da cidade estão próximas umas das outras e situadas em terreno menos acidentado.

Portanto, a melhor forma de se locomover em Mariana é a pé.

Ter um carro será de grande utilidade principalmente para explorar as outras localidades da região, especialmente as cachoeiras, trilhas e demais belezas naturais do Parque Estadual do Itacolomi.

Para quem deseja ir a Ouro Preto, há várias opções de locomoção além do automóvel próprio. Táxis, Uber e linhas intermunicipais de ônibus também realizam o curto trajeto entre as duas cidades.

O Trem da Vale é outro meio de transporte que liga as duas cidades através da antiga ferrovia que serpenteia a serra. Entretanto, ele está suspenso por tempo indeterminado. Recomendo acessar o site da prefeitura para futuras atualizações.

Baixe o mapa

Gostou das atrações de Mariana? Então, abra o mapa de todos os pontos turísticos apresentados neste artigo no Google Maps do seu celular e desfrute sua viagem.

Mariana, sem dúvida, figura entre as cidades históricas mais importantes do Brasil, junto com Ouro Preto. Além de seu rico patrimônio arquitetônico, Mariana é cidade matriz do estado de Minas Gerais, o que atesta a relevância histórica dessa localidade mineira.

Situada em uma região montanhosa de beleza singular, a cidade é abençoada por uma biodiversidade exuberante, com cachoeiras e trilhas espalhadas pela Serra do Espinhaço.

Em Mariana, o visitante encontrará uma mistura harmoniosa de história, cultura, religião e natureza. Além disso, poderá desfrutar da deliciosa culinária mineira, que é parte integrante do encanto dessa cidade tão especial do nosso país.

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