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“O que fazer em Florença, na Itália: 20 atrações imperdíveis”


Berço do Renascimento e uma das cidades mais bonitas e importantes da Itália, Florença não decepciona quando o assunto é o que fazer por lá.

Para começar, a capital da Toscana abriga alguns dos maiores tesouros artísticos do mundo, tanto dentro quanto fora dos seus museus e galerias. Afinal, a cidade já foi endereço de renomados escritores, pintores, arquitetos, poetas e pensadores que marcaram a nossa história.

Neste artigo você encontra uma lista completa de o que fazer em Florença com as principais atrações da cidade, além de outras dicas que certamente te ajudarão no planejamento da sua viagem.

ONDE FICA FLORENÇA

Fundada à beira do rio Arno, Florença é a capital e a maior cidade da Toscana. Ela fica a 270 km ao norte de Roma e a pouco mais de 100 km ao sul de Bolonha.

A sua boa infraestrutura e conectividade fazem com que muitos turistas aproveitem a estadia em Florença para, a partir dela, conhecer outros destinos toscanos como Siena, San Gimignano e Pisa, por exemplo.

Além disso, Florença também é um bom ponto de partida para percorrer o belíssimo Val d’Orcia e a famosa rota do vinho de Chianti.

QUANDO VISITAR FLORENÇA

Visitar Florença é uma boa ideia em qualquer época do ano. Mas, não dá para negar que de abril a junho (na primavera) e em setembro e outubro (início do outono) o clima favorece ainda mais a visita.

Isso porque Florença tem altíssimas temperaturas no verão e, no inverno, lidar com o frio, mesmo que não chegue a ser extremamente rígido, pode impactar no passeio. Vamos explicar melhor como as estações do ano se caracterizam por lá.

Durante o verão os termômetros passam dos 30°C, podendo alcançar até mesmo os 40°C em julho e agosto. Porém, para quem não se importa com o calorão, vai encontrar uma Florença cheia de vida (e de pessoas). Vários festivais tomam as ruas da cidade nesse período, com shows de música, espetáculos de dança e eventos ao ar livre.

O dia 24 de junho, por exemplo, é quando se celebra o santo padroeiro San Giovani Battista. A festa é marcada por queima de fogos e pelo famoso calcio storico, jogo que acontece desde o século XVI e que lembra uma mistura de futebol com rugby.

No inverno a temperatura pode chegar a 0°C, com máximas batendo na casa dos 10°C, e os tradicionais mercados de Natal garantem o charme da cidade em dezembro.

É na meia estação – primavera e outono – que Florença alcança seu clima mais agradável. A média fica em torno de 23°C. De eventos marcantes, destacamos o Scoppio del Carro que acontece na Páscoa há 300 anos e anima a Piazza del Duomo.

Já no outono, a vindima se torna um dos assuntos mais falados na região da Toscana e é quando vários agriturismi (hotéis-fazenda) e pequenos produtores oferecem a possibilidade de participar da colheita da uva.

QUANTO TEMPO FICAR EM FLORENÇA

Florença, apesar de não ser muito grande, conta com um número impressionante de atrações. Por isso recomendamos reservar de 3 a 5 dias para desbravar a cidade, dependendo das suas preferências e prioridades.

Por exemplo, quem gosta de entrar em museus e apreciar as coleções de arte sem pressa logo perceberá que 3 dias será pouco. Assim como para aqueles que desejam aproveitar a estadia na cidade para explorar demais destinos da Toscana.


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ONDE SE HOSPEDAR EM FLORENÇA

Prédios de Florença à beira do rio Arno

Foto: Pixabay

A maior parte das atrações que compõem a lista de o que fazer em Florença estão concentradas no centro histórico. Por isso, se hospedar nessa região é a melhor pedida para explorar a cidade.

O centro se divide em pequenas áreas. Dentre elas, San Giovanni, Santa Croce, Santa Maria Novella e Oltrarno são boas alternativas para o turista, onde não faltam opções de hospedagens.

Cada bairro tem sua peculiaridade. San Giovanni, por exemplo, é o coração de Florença e, por isso, tende a ser o mais caro. Santa Croce está a um passo das atrações, mas com antecedência você encontra bons achados.

Santa Maria Novella fica ao lado da estação de trem e tem hotéis com bom custo-benefício. Por fim, Oltrarno, apesar de ser um pouco mais afastado dos cartões-postais, garantirá mais autenticidade à sua experiência.

Temos um artigo completo sobre onde ficar em Florença com detalhes sobre cada bairro bem como indicações de hotéis. Vale a leitura! Mas, abaixo trouxemos uma breve lista de boas opções para se hospedar na capital da Toscana:

Econômico

  • My Friends: a 450 metros da estação de trem Santa Maria Novella, o hostel oferece dormitórios compartilhados e atendimento acolhedor. Tem terraço, jardim, cozinha de uso comum, bem como um depósito de bagagens;
  • Ostello Bello Firenze: outra opção econômica próxima à estação de trem, disponibiliza tanto dormitórios compartilhados quanto suítes privativas. Conta com uma área comum para socializar, cozinha coletiva, bar e até um karaokê;
  • Emerald Palace Family Hostel: a apenas 350 metros do Duomo, no bairro de San Giovanni, este hostel tem quartos compartilhados e privados. Sua estrutura conta com um restaurante e um terraço com vista para a cidade, assim como um jardim.

Bom custo-benefício

  • Capri Moon Guest House: seus quartos têm ar-condicionado, TV e máquina de café. O hotel está localizado no bairro de San Giovanni e fica em um edifício histórico renascentista, com terraço e estacionamento privativo;
  • B&B San Remigio: fica na região de Santa Croce e, além de oferecer quartos confortáveis, tem um lindo terraço de uso comum com vista para Florença assim como uma cozinha compartilhada entre os hóspedes;
  • B&B Stupido Hotel: está muito bem localizado entre as praças Santo Spirito e del Carmine, na região de Oltrarno. Tem quartos amplos com TV e banheiro privativo.

Conforto

  • Hotel Calimala: no coração de Florença em San Giovanni, seus quartos são modernos e bem decorados. Contam com ar-condicionado, frigobar, assim como máquina de café. Oferece café da manhã incluso servido no terraço, estacionamento, academia e restaurante;
  • Hotel Garibaldi Blu: estiloso e com ares modernos, o hotel fica a 5 minutos da estação de trem Santa Maria Novella. Inclui café da manha nas diárias e os quartos contam com máquina de café, frigobar e vista para a cidade;
  • Palazzo Roselli Cecconi: situado em Santa Croce, tem quartos elegantes com vista para Florença e alguns contam com banheira e até mesmo uma sauna privativa. O terraço é um charme a parte e é onde servem o café da manhã, incluso nas diária, nos dias quentes.

O QUE FAZER EM FLORENÇA

Chegou a melhor hora do planejamento, decidir o que fazer em Florença uma vez que chegar a esse destino tão encantador. Veja alguns detalhes sobre as principais atrações da cidade:

Duomo de Florença (Cattedrale di Santa Maria del Fiore)

Fachada do Duomo de Florença e parte do Batistério

Foto: Nicola Pavan via Unsplash

A Cattedrale di Santa Maria del Fiore, também chamada de Duomo di Firenze, é uma das maiores igrejas da Europa, caracterizada pela arquitetura gótica e a fachada de mármore rosa, verde e branco que contrasta com o interior austero.

A sua construção teve início no final do século XIII e levou seis séculos para ficar pronta. A famosa cúpula foi adicionada somente no século XV e seu interior é coberto de afrescos de Giorgio Vasari e de seu aprendiz, Federico Zuccari.

Não precisa pagar nada para entrar na catedral, que fica aberta das 10:15h às 15:45h, de segunda a sábado – ou seja, fecha aos domingos.

Cúpula de Brunelleschi

Duomo de Florença

Foto: Michal Collection

Ainda na Catedral di Santa Maria del Fiore, a majestosa cúpula do Duomo é o maior símbolo de Florença, além de ser um ícone do Renascimento. Projetada por Filippo Brunelleschi, foi construída entre 1420 e 1436 com as inovações propostas pelo arquiteto que não usou armaduras de sustentação.

A cúpula tem 45,5 metros de diâmetro interno e é uma obra prima da arquitetura. É possível subir os 463 degraus até seu topo para observar de perto essa impressionante construção e ter uma vista espetacular da cidade.

Diferente do Duomo, a cúpula é abre diariamente. Porém, para acessá-la é preciso ter em mãos o bilhete chamado Brunelleschi Pass. Ele custa €30, vale por três dias e inclui também as entradas para as demais atrações do complexo do Duomo, que são o Campanário, o Batistério, a Cripta e o Museu (falaremos delas em seguida). Vale a pena comprar o ingresso antecipadamente no site oficial para evitar filas.

Campanário de Giotto 

Campanário de Giotto do complexo do Duomo de Florença

Foto: DanFLCreativo

O Campanário de Giotto, que também compõe o complexo do Duomo, é um dos mais emblemáticos da Itália. Sua construção começou em 1334 pelo artista mais famoso do período, Giotto, que não chegou a vê-lo concluído. A obra foi levada adiante por seu pupilo Andrea Pisano.

Com uma altura de quase 85 metros, o campanário oferece uma linda vista de Florença para quem enfrenta os seus 400 degraus.

O bilhete Giotto Pass, disponível no site oficial das atrações do Duomo, vale por três dias e inclui, além do Campanário, o acesso ao Batistério, ao Museu e à Cripta (ou seja, não inclui o acesso à cúpula). O passe custa €20.

Quem optar pelo Brunelleschi Pass, que falamos no tópico anterior, também poderá visitar o Campanário e demais atrações do complexo.

Battistero di San Giovanni

Battistero di San Giovanni e Duomo di Firenze

Foto: Getty Images

Até aqui falamos de três atrações do complexo do Duomo: a Catedral, a Cúpula e o Campanário. Agora, vamos ao quarto ponto turístico desta importante praça de Florença que vale a visita, o Batistério.

Situado em frente à catedral Santa Maria del Fiore, o batistério é o antigo centro religioso da cidade de Florença, consagrado no ano de 1059.

Com uma planta octogonal, o batistério é revestido com o mesmo mármore da catedral e do campanário e foi a primeira construção do complexo, já que acredita-se que ali havia um antigo templo pagão dedicado ao deus marte, depois convertido em igreja.

O interior do batistério é repleto de mosaicos, iniciados por mestres da escola bizantina e finalizados por mestres toscanos durante os séculos XIII e XIV.

Além dos ingresso Brunelleschi Pass e Giotto Pass, que mencionamos nos itens acima, o bilhete Ghiberti Pass é a outra opção que inclui o batistério e dá acesso também ao Museu e à Cripta. Ele custa €15, vale por três dias e está disponível no site oficial.

Palazzo Vecchio

Palazzo Vecchio e Piazza della Signoria em Florença

Foto: Givagaphotos

O Palazzo Vecchio é sede do governo florentino há mais de sete séculos. É uma das construções mais simbólicas da cidade, além de representar a vida política e cultural de Florença desde a sua construção, no período medieval.

Com uma torre de 94 metros de altura, foi erguido sob forma de castelo para abrigar a residência e o local de trabalho dos funcionários da república de Florença.

Já foi chamado de Palazzo dei Priori, Palazzo della Signoria e Palazzo Ducale, quando o duque Cosimo de Medici passou a residir no local. Somente quando ele transferiu sua residência para o Palazzo Pitti o nome foi alterado para Palazzo Vecchio (que significa palácio velho em português).

O edifício conserva partes importantes de todas as fases da história e da arte florentina, com obras primas de Donatello, Michelangelo e Giorgio Vasari, além de diversas salas monumentais como a Sala delle Mappe Geografiche e o Salone del Cinquecento, um dos espaços mais suntuosos da Itália.

É recomendável comprar o ingresso antecipadamente online para visitar seu interior, que custa €12,50 (+ €1 para reservas). O ingresso para subir sua torre, chamada de Torre di Arnolfo, é vendido separadamente também pelo valor de €12,50.

Piazza della Signoria

Fonte do Netuno na Piazza della Signoria em Florença

Foto: Jean Giroux via Unsplash

A praça onde fica o Palazzo Vecchio é uma galeria de arte ao ar livre. A Piazza della Signoria é uma das mais belas praças da Itália e local de vários acontecimentos históricos importantes, como por exemplo a volta dos Medici à Florença depois de um período de exílio.

Além do Palazzo Vecchio, a linda praça abriga ainda a Fontana del Nettuno, uma estátua equestre do Cosimo I de Medici, e a Loggia dei Lanzi, que é repleta de estátuas de mármore. Uma das mais emblemáticas é a escultura do Perseo, esculpida por Benvenuto Cellini e levada à Loggia em 1554.

Ponte Vecchio

Ponte Vecchio em Florença, na Itália

Foto: Getty Images

Florença é cheia de marcos simbólicos e a Ponte Vecchio é um deles. Ela atravessa o rio Arno, conectando o centro histórico de Florença com a zona oeste da cidade, e foi construída em 1345 no lugar de uma outra ponte destruída após uma enchente.

A ponte, que originalmente abrigava açougues e peixarias (os responsáveis pela adição dos característicos “puxadinhos”), desde 1593 concentra exclusivamente joalherias.

Na área superior, nota-se também o Corredor Vasariano, uma passagem isolada adicionada durante o reinado dos Medici. Através desse corredor, que se conecta ao Palazzo Vecchio, a poderosa família podia atravessar o rio sem ter contato com o povo.

Galleria degli Uffizi

Edifício do museu Galleria degli Uffizi

Foto: Álvaro Rotellar via Unsplash

A Galleria degli Uffizi é um dos museus mais importantes e mais visitados do mundo. Afinal, ela guarda obras de arte que marcaram a história, como A Primavera e O Nascimento de Vênus de Botticelli, a Anunciação de Leonardo da Vinci, além de obras de outros artistas ilustres como Michelangelo, Giotto e Caravaggio.

Para visitá-lo é fundamental comprar seu ingresso antecipadamente e escolher um horário específico para sua entrada, evitando assim as longuíssimas filas que se formam na bilheteria. Também é importante reservar um tempo considerável para a visita, já que há muito a ser visto. Separe pelo menos meio dia para ter uma visão geral do museu.

O valor do ingresso varia de acordo com a época do ano, custando €12 na baixa temporada e €25 na alta temporada, além de uma taxa de €4 para as reservas antecipadas. Você pode comprar o seu ingresso no site do museu, onde também confere confere as opções de ingressos combinados com o Palácio Pitti e Giardino di Boboli.

Palácio Pitti

Pátio interno do Palazzo Pitti, em Florença

Foto: Rob Menting via Unsplash

Nomeado por seu primeiro proprietário, o banqueiro Luca Pitti, Cosimo de’ Medici comprou o edifício em 1550 e o transformou em sua residência. O Palácio Pitti ainda foi morada dos Habsburgo e dos Savóia.

Atualmente, o Palácio Pitti abriga 5 museus:

  • Tesoro dei Granduchi – coleção de objetos que pertenciam aos Medici;
  • Galleria Palatina – coleção de arte e apartamentos imperiais e reais;
  • Galleria d’Arte Moderna – coleção de pinturas e esculturas dos séculos XVIII a XX);
  • Museo della Moda e del Costume – conta a história da moda italiana e possui mais de 6.000 peças; e
  • Museo delle Icone Russe – a mais antiga coleção de ícones russos da Europa ocidental.

O ingresso para o Palazzo Pitti automaticamente garante a entrada aos 5 museus do complexo. O valor varia de acordo com a época do ano, custando €10 na baixa temporada e €16 na alta temporada. Além do valor do bilhete, há uma taxa de €3 para a reserva antecipada, a qual recomendamos visto que as filas costumam ser grandes.

Vale saber que o edifício faz parte, junto com o Giardino di Boboli, do complexo cultural Uffizi. Por isso, os ingressos combinados acabam sendo mais vantajosos. No site oficial você confere todos os bilhetes individuais e combinados disponíveis.

Giardino di Boboli

Bosque do Giardino di Boboli em Florença

Foto: Anastasia Collection

Situado na colina atrás do Palazzo Pitti, o Giardino di Boboli possui 45 mil m² e é muito mais do que um simples jardim. Encomendado por Cosimo de’ Medici, o Giardino di Boboli virou um modelo seguido por diversas cortes europeias que ficou conhecido como jardim à italiana.

Inserido na lista de patrimônios da humanidade da UNESCO em 2013, o imenso jardim abriga diversas esculturas, fontes, grutas e oferece vistas lindas dos arredores.

O ingresso para visitar somente o Giardino di Boboli custa €6 (mais €3 se reservado online). No site oficial você confere o ingresso individual e combinações disponíveis.

Basílica de Santa Croce

Vista aérea da Basilica di Santa Croce em Florença

Foto: Getty Images

Florença é uma cidade que respira arte por todos os cantos, inclusive dentro (e fora) das suas lindas igrejas. Esse é o caso da Basílica de Santa Croce, localizada no bairro homônimo.

Uma das mais antigas igrejas franciscanas do país, a Santa Croce acomoda quase 300 tumbas em seu interior, dentre as quais as de personagens famosos como Michelangelo, Galileo Galilei, Maquiavel Rossini.

Além disso, a Basílica abriga obras de arte sacras de valor inestimável, como afrescos de Giotto e um crucifixo de Donatello, bem como uma importante relíquia da túnica de São Francisco de Assis.

O ingresso custa €8 e você pode comprá-lo diretamente na bilheteria da Basílica ou online.

Piazzale Michelangelo

Vista de Florença desde a Piazzale Michelangelo

Vista da Piazzale Michelangelo | Foto: Willian Matiola via Unsplash

Do outro lado do rio Arno, a Piazzale Michelangelo é o ponto panorâmico mais famoso da cidade, de onde é possível observar Florença e as colinas verdes dos arredores.

O local, que tem entrada gratuita, conta ainda com uma cópia da escultura do David de Michelangelo e fica cheio no final da tarde, quando as pessoas se reúnem para apreciar o pôr do sol.

A dica é ficar de olho na previsão do tempo e escolher um dia de tempo aberto para a visita. Apesar do grande movimento, o final da tarde é realmente quando a vista fica mais bonita.

Giardino delle Rose

Giardino delle Rose em Florença

Foto: Getty Images

A apenas 200 metros de distância da Piazzale Michelangelo, o Giardino delle Rose conta com cerca de 400 variedades de rosas e belas vistas da cidade. O ápice da florada acontece no mês de maio, mas a vivacidade do jardim se mantém durante a primavera e verão.

Esse não é um passeio indispensável na cidade, mas para quem vai à Piazzale, vale esticar o passeio. Sua entrada é aberta ao público.

Palazzo Strozzi

Fachada do Palazzo Strozzi

Foto: Kent Wang via Flickr

Este edifício foi a residência de uma das famílias mais ricas de Florença, a família Strozzi, que vivia em conflito com os Medici tanto política quanto financeiramente.

A primeira pedra do edifício foi colocada ao nascer do sol do dia 6 de agosto de 1489 seguindo o conselho de um astrólogo. Hoje o local recebe importantes mostras de arte todos os anos. Além disso, a sua praça interna é muitas vezes utilizada para eventos culturais e exposições, tornando o palácio um importante centro cultural em Florença.

Para consultar a agenda de exposições e adquirir os ingressos, acesse o site da Fondazione Palazzo Strozzi.

Galleria dell’Accademia

David de Michelangelo na Galleria dell’Accademia

Foto: Igor Ferreira via Unsplash

O edifício, que já foi um convento e um hospital, em 1784 foi transformado em um museu conhecido por abrigar o famoso – e original – David de Michelangelo.

A estátua foi transferida da Piazza della Signoria para a Galleria dell’Accademia em 1873 e pode ser admirada junto a outras importantes obras, não apenas do Michelangelo como de outros ilustres artistas.

O ingresso custa €16 (mais €4 para reserva) e, por mais que tenha uma bilheteria na entrada, aconselhamos comprá-lo com antecedência no seu site. Além dos bilhetes se esgotarem rápido, a fila para quem deixa para comprar na porta costuma ser muito grande.

Mercato Centrale

Praça gastronômica no Mercato Centrale de Firenze

Foto: Fê Moro

Difícil é visitar a Itália e ignorar a sua gastronomia. E, tratando-se de iguarias e pratos florentinos, um dos melhores lugares para conhecer na cidade é o Mercato Centrale.

O grande mercadão possui dois andares. No térreo funciona o mercado propriamente dito, com barracas de queijos, vinhos, hortifruti, charcutarias e muito mais. É o local ideal para experimentar os ingredientes locais e embalar alguns itens para levar para casa.

Já no piso superior fica uma espécie de praça gastronômica gourmet. Ali você vai encontrar tanto especialidades locais, quanto pratos de outras regiões da Itália. Nesse piso também fica a Cucina Lorenzo de’ Medici, que oferece workshops de culinária no local (veja a agenda).

A dica é passar pelo mercado na hora do almoço (chegue cedo para encontrar um mesa) ou, então, no final da tarde para o aperitivo italiano, já que algumas barracas oferecem promoções de happy hour.

Basílica de Santa Maria Novella

Basilica di Santa Maria Novella, Florença

Foto: Getty Images

Próxima da estação central de trens de Florença está a Basílica de Santa Maria Novella, edificada por monges dominicanos no século XIII.

A fachada da basílica, antigamente, tinha fins astronômicos, como por exemplo determinar os dias do solstício e do equinócio e calcular o horário através de uma meridiana.

Em seu interior estão obras de grande valor artístico de Giotto, Masaccio, entre outros, além de lindos afrescos e um púlpito projetado por Filippo Brunelleschi.

O ingresso para a basílica inclui a visita ao museu localizado dentro do convento que também faz parte do complexo e custa €7,50. Você o adquire na bilheteria local.

Basílica de San Lorenzo

Interior da Basílica de San Lorenzo

Foto: Getty Images

A Basílica de San Lorenzo é o local de culto mais antigo de Florença, consagrada no ano de 393. A fachada, que deveria ter sido feita por Michelangelo, permaneceu incompleta, mas ainda assim a basílica ocupou a posição de Catedral de Firenze por 300 anos.

Ela foi reconstruída por Filippo Brunelleschi em 1419 em seu primeiro projeto na cidade. Além disso, seu interior conta com vários trabalhos do Donatello.

Na parte subterrânea da basílica, além de um museu, está o túmulo de Cosimo De’ Medici, chamado também de Cosimo Il Vecchio (“o velho”). Há ainda uma biblioteca projetada por Michelangelo para os manuscritos dos Medici, uma das famílias mais importantes da Itália.

O ingresso para a basílica, aberta de segunda a sábado das 10h às 17h30, é vendido somente na bilheteria e custa €9.

Cappelle Medicee

Cúpula da Capela dos Médicis em Florença com afrescos

Afrescos da cúpula da Cappelle Medicee | Foto: paologallophoto

A história de Florença e seu papel fundamental no Renascimento está ligada à família Medici, que governou a cidade por cerca de três séculos.

As Cappelle Medicee, conectadas à Basilica di San Lorenzo, abrigam as tumbas dos membros da família De’ Medici, dentre as quais algumas são obras do Michelangelo.

O ingresso, vendido online com horário marcado, custa €12.

Piazza Santo Spirito

Piazza Santo Spirito com igreja ao fundo

Foto: Getty Images

Com uma atmosfera boêmia e bastante frequentada pelos locais, essa praça abriga mercados de arte, feiras de rua, galerias e vários cafés e bares.

Além disso, é nela que fica a Basilica di Santo Spirito, um dos últimos trabalhos do arquiteto Brunelleschi.

Essa praça é animada e uma excelente pedida ou para um aperitivo, ou para jantar.

San Miniato al Monte

Igreja de San Miniato al Monte em Florença

Foto: Getty Images

Situada em cima de uma colina nas proximidades da Piazzale Michelangelo, a Abadia de San Miniato al Monte, construída a partir do século XI, também tem uma fachada de mármore, similar àquela do Duomo. A sua localização garante uma linda vista da cidade e seus arredores.

O local conta ainda com uma farmácia monástica, onde os monges produzem e vendem produtos fitoterápicos.

A entrada é gratuita. O horário de funcionamento é das 9h30 às 19h de segunda a sábado e das 8h15 às 19h aos domingos, com intervalo para almoço das 13h às 15h.

VALE A PENA COMPRAR UM CITY PASS?

Mesmo não sendo uma cidade muito grande e concentrando os mais importantes pontos turísticos dentro do centro histórico, não se deixe enganar, há muito o que fazer em Florença. E, como deu para perceber, além da maioria das atrações serem pagas, os preços não são dos mais baratinhos.

Em toda Itália existem descontos para estudantes, menores de 26 anos e maiores de 65. Mas, para todo o resto é preciso pagar o valor inteiro dos ingressos para visitar as atrações.

Se os seus planos forem desbravar Florença por completo e, para isso, você quer entrar em seus principais museus e igrejas, considere comprar o Firenze Card

Por €85 você tem acesso a mais de 60 atrações pagas da cidade, válido por 72 horas a partir do primeiro uso do cartão. Existe ainda a possibilidade de comprar 48 horas extras caso precise de mais tempo para visitar tudo o que deseja (no momento que escrevemos este artigo, esse adicional que custa €28 estava gratuito no site oficial).

Da nossa lista de o que fazer em Florença, o passe não cobre apenas as atrações do complexo do Duomo di Firenze. Vale também saber que em algumas atrações é possível reservar a visita online usando o passe, mas você ainda deverá pagar a taxa de reserva.

Sendo assim, a dica é colocar na ponta do lápis as atrações que não podem ficar de fora do seu roteiro pela cidade. Caso o valor que investirá nos ingressos ultrapasse os €85, vá de Firenze Card. Para comprar, acesse o site oficial do passe e siga as instruções.

Você também pode comprá-lo nos pontos de venda físicos da cidade.

COMO CHEGAR EM FLORENÇA

Bilheteria da estação de trem de Santa Maria Novella, em Florença

Foto: Fê Moro

Florença, além de ter uma localização central, é uma importante cidade italiana. Por isso ela é muito bem conectada com todo o país.

De avião

O pequeno aeroporto de Firenze-Peretola fica a 10 km do centro da cidade e é mais conhecido pelo seu apelido Amerigo Vespucci. Ele recebe voos tanto de cidades italianas quanto de cidades europeias.

Ao desembarcar nele você pode chegar ao centro de Florença com tram, ônibus ou táxi. O tram, além de prático, é o mais econômico, custando apenas €1,50. Em 20 minutos você chega com a linha T2 à estação de trem Santa Maria Novella fazendo algumas paradas estratégicas no caminho.

Já o ônibus Vola in Bus chega à estação de trem de Florença também em 20 minutos, mas sem paradas. Ele custa €6. Por fim, o táxi será a alternativa mais cômoda, porém a mais cara. A tarifa fixa entre aeroporto e centro da cidade é de € 22 mas pode encarecer com taxa de bagagem e dependendo do horário do seu voo.

Agora, vale saber que o aeroporto de Florença não é o principal da Toscana. Distante 80 km está o Aeroporto Internacional de Pisa (Galileo Galilei) que, esse sim, conta com mais chegadas e partidas.
Ele é uma excelente opção para chegar a Florença de avião já que tende a ter voos mais econômicos do que o Amerigo Vespucci.

Além disso, a partir dele é possível pegar um trem que rapidamente te leva à estação Santa Maria Novella de Florença. A Trenitalia opera esse trajeto que leva pouco mais de uma hora e custa €15,80.

A outra alternativa é pegar o ônibus da Flibco. O bilhete custa a partir de €12,90 com a bagagem inclusa e o trajeto leva uma hora.

De trem

O trem é um dos meios de transporte mais práticos para chegar a Florença. A principal estação da cidade, Firenze Santa Maria Novella, fica localizada em uma área central, a apenas 10 minutos de caminhada da Piazza del Duomo.

Os trens de alta velocidade da Trenitalia e da Italo Treno conectam Florença com cidades como Milão, Veneza, Bolonha, Roma e Nápoles, entre outras. Comprando os bilhetes com certa antecedência é possível encontrar boas tarifas em ambas as companhias.

Há ainda os trens regionais operados pela Trenitalia, que viajam mais devagar e param em mais cidades durante o trajeto.

Ao contrário dos de alta velocidade, o bilhete desse tipo de trem tem preço fixo. Por exemplo, de Florença a Roma a passagem do trem regional custa €23,50, independente da antecedência da compra.

Você pode conferir as rotas e horários de trem no site da Trenitalia. Caso você não esteja familiarizado com o sistema ferroviário italiano, vale conferir o nosso artigo sobre os tipos de trem na Itália.

De ônibus

Chegar a Florença de ônibus pode ser uma boa opção para quem quer economizar nos deslocamentos, já que as passagens costumam ser mais baratas que as de trem.

A companhia Flixbus, por exemplo, oferece conexões com diversas cidades italianas e europeias a preços competitivos. Além dela, outras boas alternativas são a Marino Bus e a Itabus

De carro

O carro pode sim ser uma boa opção para quem deseja percorrer as cidades históricas e belezas naturais da Toscana. Mas definitivamente não é uma boa para conhecer Florença.

É importante levar em consideração que o centro histórico da cidade, que abriga quase todas as atrações turísticas, faz parte da zona de tráfego limitado (ZTL). Isso significa que entre 7h30 e 20h30 só podem circular nesta área veículos autorizados de residentes, táxis e ônibus. Quem infringe a regra leva multas bem salgadas.

Portanto, caso a sua ideia seja fazer uma viagem Toscana on the road, nossa sugestão é alugar o carro apenas depois de conhecer Florença – ou, então, se preparar para deixar o veículo parado em um estacionamento.

COMO SE LOCOMOVER EM FLORENÇA

Rua de Florença com parte do Duomo ao fundo

Foto: David Tip via Unsplash

A melhor forma de se locomover por Florença é a pé. Primeiro porque a maior parte das atrações da cidade ficam no centro histórico ou muito próximo a ele. Segundo, a capital da Toscana é praticamente toda plana. Terceiro, caminhar pelas suas ruas já é por si só uma atração.

Mas, se precisar de um transporte público para encurtar distâncias ou para ir além do centro histórico, a melhor opção é o ônibus.

O bilhete unitário custa €1,70 e tem validade de 90 minutos após sua validação – que deve ser feita assim que embarcar nos ônibus. Há também a possibilidade de economizar comprando o carnê com 10 viagens por €15,50.

Tabacarias e bares autorizados bem como máquinas automáticas espalhadas pela cidade vendem os bilhetes. Além disso, você pode comprar o bilhete unitário direto com o motorista do ônibus, porém custará €3.

Além do transporte público, Florença conta ainda com os serviços de transporte compartilhado com bicicletas, scooters, patinetes e até mesmo carros.

As bicicletas funcionam no modelo free floating, ou seja, você as retira e as devolve em qualquer lugar dentro da área permitida. Para utilizá-las basta fazer o download do aplicativo Ride Movi, se cadastrar e escanear o QR code presente em todas as bicicletas.

No mesmo formato da locação das bicicletas estão as scooters elétricas (disponibilizadas pela Bird Rides e pela Zig Zag) e os patinetes elétricos (também da Bit Mobility).

Por fim, você pode ainda usar os serviços de carros compartilhados (da Enjoy ou da Ti Move). A vantagem é que com eles você tem permissão para circular dentro da zona de tráfego limitado e estacionar gratuitamente nas áreas reservadas para residentes, assim como nas vagas azuis, que são reservadas exclusivamente às empresas de car sharing.

BAIXE O MAPA DE O QUE FAZER EM FLORENÇA

Gostou das dicas? Para levar todas as dicas deste artigo com você durante a viagem, abra o mapa das atrações no Google Maps do seu celular!

Nossa lista de o que fazer em Florença não nos deixa mentir, a capital da Toscana respira arte e história como poucas cidades no mundo.

Não à toa que ela é um dos destinos mais visitados da Itália e parada obrigatória para aqueles que querem ver com os próprios olhos onde o Renascimento surgiu. Desfrute ao máximo sua estadia por lá!

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