Se você planeja uma viagem pelo Japão e está se perguntando o que fazer em Nagoya, este artigo é para você. Vejo muita gente ficar na dúvida sobre incluir ou não Nagoya em seu roteiro. Este artigo resolverá essa questão!
Nagoya é uma cidade grande, mas com um ritmo menos intenso e turístico do que Tóquio ou Osaka, por exemplo. Lá, você encontrará diversos museus tecnológicos, ótimas opções de compras e o recém-inaugurado parque temático do Estúdio Ghibli, que também fica na região e é uma atração imperdível para os amantes das suas produções.
Neste guia do que fazer em Nagoya, reuni uma lista das melhores atrações da cidade, além de dicas de hospedagem, locomoção, gastronomia e muito mais!
COMO CHEGAR EM NAGOYA
Nagoya fica na região mais ao centro do Japão, distante 180 km de Osaka e 345 km de Tokyo. É a capital de sua província, Aichi-ken, o que a torna uma cidade bastante conhecida nacional e internacionalmente.
Devido à sua localização central, é muito fácil chegar a Nagoya. Partindo de Tokyo, a viagem de shinkansen (trem-bala) leva menos de duas horas e custa cerca de 10.500 ienes.
Esse trajeto está incluído no JR Pass, e quem possui o passe pode utilizar esse serviço sem custo adicional. No nosso guia sobre o JR Pass, você confere mais detalhes sobre esse passe.
Outra opção é fazer o trajeto de ônibus. Do Terminal Yaesu South, em Tóquio, partem ônibus para Nagoya a cada duas horas. A viagem dura cerca de 5 horas, com passagens por volta de 5.500 ienes por trecho. Os bilhetes podem ser adquiridos através deste site.
Além disso, Nagoya conta com o Aeroporto Internacional de Chubu Centrair, localizado a apenas 35 minutos do centro da cidade. Por ser um aeroporto internacional, você pode encontrar passagens interessantes para já entrar no país por meio desta via. Algo a se considerar!
Locomoção em Nagoya
Falando da locomoção em Nagoya, ela vai variar entre o uso de trens e da boa e velha caminhada.
Nagoya possui uma rede ferroviária bastante funcional, que conecta as diferentes áreas da cidade e, já dentro dessas áreas, recomendo andar a pé para explorar melhor os espaços.
QUANTOS DIAS FICAR EM NAGOYA
Foto: Timo Volz via Unsplash
Para sermos simples e certeiros, recomendaria 2 dias para conhecer Nagoya. Neste período, é possível visitar seus principais pontos turísticos, aproveitar a noite e caminhar com calma para também conhecer a área central da cidade.
No entanto, caso seja do seu interesse adicionar atrações um pouco mais distantes do centro, como a LEGOland ou o Parque do Estúdio Ghibli, acrescentaria mais um dia a este roteiro.
ONDE FICAR EM NAGOYA
Bairro de Sakae | Foto: Getty Images
Quando falamos dos melhores lugares para ficar em Nagoya, duas regiões são destaque: os arredores da Estação de Nagoya e o bairro Sakae.
Hospedar-se no centro, próximo à Estação de Nagoya, é ideal para quem prioriza facilidade de locomoção. A estação é um dos principais hubs de transporte da cidade, conectando você rapidamente a outras regiões do Japão por meio do shinkansen, além de oferecer acesso conveniente ao aeroporto e aos trens locais.
Além disso, essa área abriga uma boa variedade de restaurantes e lojas, perfeitas para resolver tudo sem precisar se deslocar muito.
Já o bairro Sakae é uma excelente escolha para quem prefere uma atmosfera mais característica e autêntica. Considerado o coração da vida noturna e das compras em Nagoya, Sakae é o lugar onde você encontrará grandes shoppings, boutiques, cafés e uma boa variedade de bares e restaurantes.
Outro ponto positivo é que Sakae está próxima de atrações turísticas importantes, como a Nagoya TV Tower e o Oasis 21.
A seguir, reunimos uma boa seleção de hotéis para ficar em Nagoya:
Econômico
Bom custo-benefício
Conforto
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O QUE FAZER EM NAGOYA: MELHORES ATRAÇÕES
Castelo de Nagoya
Foto: Photoerngo
O Castelo de Nagoya foi o primeiro castelo do Japão a ser designado como Tesouro Nacional e é um dos principais símbolos da cidade. Construído na Era Edo, em 1612, ele servia como instalação militar para um dos ramos do poderoso clã Xogunato Tokugawa, pertencente à linhagem da família Owari.
Durante a Segunda Guerra Mundial, grande parte do castelo foi destruída, mas um processo de reconstrução foi iniciado em 1959. Atualmente, é possível visitar tanto a torre principal quanto o Palácio Hommaru, que foi a residência oficial da época.
O complexo também conta com belos jardins, que se tornam ainda mais encantadores na primavera, quando as sakuras (cerejeiras) florescem.
É possível visitar o complexo por conta própria ou através dos tours gratuitos que acontecem diariamente, às 12h30, partindo do Portão Principal e do Portão Leste.
O castelo abre para visitação diariamente das 9h às 16h30 (com entrada para o Palácio Hommaru permitida até as 16h), fechando apenas entre os dias 29 de dezembro e 1º de janeiro. O ingresso custa 500 ienes.
Museu de Ciência de Nagoya
Foto: Trevo Dobson via Flickr
Eu, particularmente, adoro um museu de ciências. Mas não é exatamente por isso que o Museu de Ciência de Nagoya está nesta lista. Ele está aqui porque abriga um dos maiores planetários do mundo — a impressionante esfera de 35 metros de diâmetro, visível do lado de fora do prédio.
O museu oferece diversas atrações interativas, organizadas em três grandes temáticas: alta tecnologia, ciência da vida e ciências gerais. Com oito andares (separe algumas horas pra conhecer tudo), ele reúne uma ampla variedade de exposições permanentes e temporárias.
Localizado a menos de 10 minutos de caminhada da Estação Fushimi, o museu funciona de terça a domingo, das 9h30 às 17h. A entrada custa 800 ienes.
Além disso, o museu está situado no agradável Parque Shirakawa. Portanto, aproveite a visita para fazer uma agradável caminhada por essa área verde.
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Santuário Atsuta
Foto: Pexels
Considerado um dos santuários mais importantes do Japão, o Atsuta Shrine é dedicado à deusa Amaterasu, a deusa do Sol e uma das figuras mais reverenciadas na mitologia japonesa, e recebe milhares de visitantes todos os anos.
O local é especialmente conhecido por guardar a sagrada espada Kusanagi, apesar de nunca ser exibida ao público, é uma das três insígnias japonesas. Para entender mais do assunto, uma visita ao Museu Kusanagi pode ser interessante. Ele explica a relação do santuário com as espadas e exibe algumas dessas históricas relíquias.
Além disso, o Santuário Atsuta é palco de uma infinidade festivais ao longo do ano, cuja programação pode ser conferida no seu site oficial. No mais, saiba que ele fica num agradável parque de árvores frondosas, que vale a visita por si só.
Para chegar, basta pegar o trem da linha Meitetsu até a Estação Jingumae. Tanto o parque quanto o santuário têm acesso gratuito, mas a entrada no Museu Kusanagi custa 500 ienes (abre das 9h às 16h30).
Chubu Electric Power Mirai Tower e Oasis 21
Foto: Getty Images
Conhecida por muitos como Torre de TV de Nagoya, seu antigo nome, a Chubu Electric Power Mirai Tower é mais um símbolo da cidade. Muito visitada por quem deseja apreciar a vista panorâmica do seu deck a 100 metros de altura, a torre também oferece outras atrações interessantes.
Localizada em um parque com restaurantes, bares e espaços de descanso, a torre abriga, no segundo andar, um salão de festas, enquanto o terceiro andar é dedicado a uma loja de souvenirs. No quarto e quinto andar funciona um hotel, e nos últimos andares estão os decks de observação 360º.
A torre está situada no bairro de Sakae, próxima à Estação Hisaya-odori, e funciona diariamente das 10h às 21h. O ingresso para os decks panorâmicos custa 1.300 ienes.
Principalmente no período da noite, tenho certeza que uma outra construção nas proximidades vai te chamar a atenção. Trata-se do Oasis 21, uma estrutura ovalada, moderna e iluminada. Ele abriga um centro comercial em uma arquitetura diferenciada. É um ótimo lugar para fazer compras, comer e passear.
Templo Osu Kannon e rua Osu Shotengai
Foto: Serena Naclerio via Unsplash
O Templo Osu Kannon é dedicado à deusa da Bondade e Compaixão, Kannon. Construído originalmente nos anos 1200, ele foi transferido para Nagoya em 1612 pela influente família Owari, que governava a região.
O santuário é famoso não só por abrigar uma bela estátua de madeira da deusa Kannon, mas também a importante Biblioteca Shinpukuji, que guarda mais de 15 mil textos clássicos japoneses e chineses. Entre suas relíquias, está o Kojiki, uma crônica mitológica que narra a história do Japão.
O templo fica na região mais antiga da cidade e ainda abriga, duas vezes ao mês, um simpático mercado de antiguidades. Ali você encontra de tudo um pouco, incluindo boas lembrancinhas de viagem.
Logo ao lado do templo fica a também conhecida Osu Shotengai, uma rua comercial coberta com cerca de 400 lojas e restaurantes tradicionais.
Para chegar à região, pegue a linha Tsurumai do metrô até a Estação Osu Kannon. A visita ao templo é gratuita e as lojas da Osu Shotengai geralmente funcionam das 11h às 20h.
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Dica extra: para quem gosta de ir às compras e mais especificamente para aqueles que apreciam uma boa garimpada em um brechó, recomendo a Yen=g Komehyo. Trata-se de uma loja que vende roupas de segunda mão, mas com um conceito diferente: você paga por peso. As roupas ficam setorizadas e etiquetadas, mas basicamente o preço varia de 1 a 4 ienes por grama. É preciso estar com um tempinho e gostar da arte do garimpo, mas é uma experiência bem interessante! |
Jardim Noritake
Foto: Wikimedia Commons
O que chama a atenção do Jardim Noritake é, sem dúvida, sua arquitetura. O espaço foi projetado num local onde, no passado, funcionava uma fábrica de cerâmica, de modo que os prédios de tijolinhos vermelhos ainda decoram o ambiente.
Atualmente funcionando como uma espécie de museu, é possível explorar as construções e conhecer a história da célebre empresa Noritake. Além disso, os visitantes podem observar o processo de produção realizado por alguns dos melhores artistas de cerâmica do mundo.
Por fim, você pode fazer uma oficina prática e decorar uma peça de cerâmica. Há ainda restaurantes e cafés nas dependências do jardim.
A estação mais próxima é a Kamejima, da linha de metrô Higashiyama. O jardim em si pode ser acessado 24 horas por dia, sendo um espaço bastante frequentado por famílias aos finais de semana. Já o museu funciona de terça a domingo, das 10h às 18h.
Museu de Tecnologia da Toyota
Foto: A. Wee via Flickr
Para os amantes do automobilismo, o Museu de Tecnologia da Toyota é um espaço completo para entender a história desta prestigiada montadora de carros.
No local, você poderá conhecer desde os primórdios da empresa, que começou no ramo de tecelagem, até o momento atual. Mergulhe nos processos de fabricação, descubra como funcionam as peças que compõem um carro e veja uma exibição com os principais modelos já fabricados pela Toyota.
O museu funciona de terça a domingo, das 9h30 às 17h, e está localizado próximo à Estação Sako do metrô. A entrada custa 1.000 ienes.
LEGOland
Foto: Divulgação
A LEGOland de Nagoya é um dos oito parques temáticos existentes no mundo dedicados a esta famosa marca de brinquedos. Inaugurado em 2017, é o primeiro do Japão e o segundo da Ásia.
O complexo LEGOland oferece uma infinidade de atrações organizadas em oito áreas principais. E além do parque de diversões, em si, ainda há no local uma fábrica de LEGO, oficinas interativas, restaurantes, lojas e até mesmo um hotel temático.
O local também abriga o LEGOland Sea Life, um aquário que pode ser visitado mediante a aquisição de um ingresso adicional.
Localizado a cerca de 25 minutos do centro de Nagoya, o parque é acessível pela Estação Kinjofuto, usando a linha Aonami. Ele funciona diariamente das 10h às 17h. Os ingressos custam a partir de 4.500 ienes e você pode comprá-lo online para fugir das filas.
Ghibli Park
Foto: Divulgação
Atração relativamente recente, o Parque Ghibli abriu suas portas no final de 2022 e, desde então, já recebeu a visita de milhares de pessoas.
Embora não esteja exatamente em Nagoya, mas sim na cidade vizinha de Nagakute, o parque é uma ótima opção para um bate e volta.
Como você pode imaginar, trata-se de um parque temático do Estúdio Ghibli, famoso por seus filmes de animação, como Meu Amigo Totoro, A Viagem de Chihiro, Princesa Mononoke e O Túmulo dos Vagalumes, só para citar alguns.
O que você talvez não imagine é que este não é um parque comum, com brinquedos e atrações radicais. O Parque Ghibli se propõe, na verdade, a recriar os ambientes e cenários icônicos de seus tão adorados filmes.
O parque está dividido em cinco áreas principais: Grande Armazém Ghibli, Colina da Juventude, Floresta Dondoko, Vila Mononoke e Vale das Bruxas.
A área do parque é bem ampla e fica no chamado Aichi Earth Expo Memorial Park. As atrações alternam entre elementos específicos de determinados filmes e uma mistura da estética encantadora das produções do estúdio. É realmente um deleite para os fãs, como se os filmes ganhassem vida.
Por ser muito disputado, compre os ingressos com dois meses de antecedência! Todo dia 10, a partir das 14h, é disponibilizado um novo lote de ingressos no site do parque.
Os preços variam de acordo com a quantidade de áreas que se deseja visitar e o dia da visita (por exemplo, os finais de semana são um pouco mais caros que os dias úteis).
Para chegar ao Parque Ghibli, pegue a linha Higashiyama do metrô na Estação de Nagoya e siga até a Estação Fujigaoka. De lá, troque para a linha Linimo (trem de levitação magnética) até a Estação Ai-Chikyuhaku-Kinen Koen.
ONDE COMER EM NAGOYA
Cabines do Ichiran | Foto: Divulgação
Por ser uma cidade grande, Nagoya oferece opções gastronômicas para todos os gostos, desde experiências tradicionais até bares descontraídos e restaurantes especializados.
Abaixo, confira as minhas recomendações de onde comer na cidade:
Ichiran ramen
É, na verdade, uma rede encontrada em todo Japão. Você se senta no balcão, numa espécie de cabine, onde praticamente não terá interação direta com ninguém.
Para fazer o pedido, você preenche uma ficha e toca a campainha. Um atendente abre a cortina da sua cabine, mas só o suficiente para pegar o papel. Depois, volta com o seu prato e pronto, zero interação.
Só há um tipo de lámen, mas você adiciona os toppings que quiser, além de definir detalhes como o ponto do macarrão e a quantidade de alho do molho.
Pupu Kitchen and Health Food Shop
Lugar maravilhoso de comida vegana de qualidade. O espaço é uma graça, as atendentes muito simpáticas e os pratos deliciosos.
Conta basicamente com dois combos de almoço que incluem bebida e sobremesa. No fundo do restaurante, há uma loja de produtos naturais.
Bermondsey Café
É para aqueles dias em que você está realmente com fome, quer se deliciar com uma comida gostosa, beber uma cerveja barata e ser feliz.
O local é um pub que funciona do almoço ao fim da noite e vai te surpreender com o tamanho das porções. O clássico fish and chips está disponível, bem como um delicioso bowl de falafel, que é meu preferido.
Para te ganhar um pouco mais, ali você encontra o chopp de Guinness (ouso dizer) mais barato da cidade.
Binge Craftbeer
Ideal para os amantes das cervejas artesanais. É um bar/balada/restaurante com comidinhas, cervejas e música boa. Fica no último andar de um prédio, quase que escondido.
Tem áreas bem distribuídas e mesas para quem quer sentar e comer com tranquilidade. Também há uma pista com DJs e um bar com geladeiras recheadas de cervejas do mundo todo.
QUANDO IR PARA NAGOYA
Foto: photoerngo
Nagoya tem um clima muito bom. Por estar na região central do Japão, ela acaba por sofrer pouca interferência das grandes variações climáticas da costa do país. Dias de sol são constantes e costuma nevar pouco por lá.
A época mais badalada na cidade acaba sendo a primavera, assim como em quase todo o Japão. É quando as flores de cerejeira florescem e colorem de rosa todo o país. Se essa for uma prioridade para você, escolha os meses de março e abril para sua visita.
Caso contrário, o período outonal (setembro a novembro) também é bem agradável em termos de clima, além de ser menos cheio.
O verão não é uma época que eu particularmente recomendo para visitar Nagoya, visto que os dias são realmente quentes e costuma chover com mais frequência. Quanto ao inverno, diria que pode ser interessante para atividades tipicamente invernais, mas, senão, não é muito agradável ficar perambulando pela cidade em temperaturas baixas.
Em resumo, é possível visitar Nagoya em qualquer época do ano. O que se faz necessário, na verdade, é entender seus gostos e prioridades em termos de o que fazer na cidade para adequá-los aos diferentes climas e estações do ano da região.
Baixe o mapa!
Gostou das dicas? Abra o mapa das atrações no Google Maps do seu celular e não perca nada durante a viagem!
Nagoya pode estar de fora de muitos roteiros padrão de viagens ao Japão, mas tem muito a oferecer. A cidade central e de fácil acesso possui atrações que agradam diversos gostos.
Afinal, há atividades para os amantes das compras, para os fissurados em museus, para quem gosta de parques e também para os mais baladeiros.
Nagoya é uma cidade com vida noturna agitada, bons restaurantes, mas é ainda pouco explorada pelos turistas. Inclua o destino no seu roteiro e surpreenda-se!
