TOPO

“O que fazer em Oaxaca, no México: guia completo do destino”


Planejar o que fazer em Oaxaca é descobrir um destino repleto de surpresas e experiências inesquecíveis, perfeito para quem deseja explorar o lado mais autêntico do México.

Localizada no sul do país, diria que o charme de Oaxaca está na sua mistura única entre tradições indígenas e influências coloniais. Essa fusão, extremamente viva até hoje, pode ser vista em sua arquitetura, em suas celebrações culturais e em sua rica culinária.

Neste guia completo sobre o que fazer em Oaxaca, reuni as principais atrações da cidade, assim como dicas práticas para que você aproveite ao máximo a sua viagem.

COMO CHEGAR EM OAXACA

A cidade de Oaxaca de Juárez, mais conhecida apenas como Oaxaca (se lê ‘Oarraca’), fica a 470 km da Cidade do México e é a capital do estado de mesmo nome.

Você pode chegar até ela de avião, ônibus ou carro. Veja os detalhes sobre cada uma dessas alternativas:

De avião

O avião é a forma mais confortável para chegar a Oaxaca. O voo da Cidade do México até o destino dura apenas 1h15.

Além disso, comprando com antecedência, você pode encontrar boas tarifas ao optar por companhias aéreas low cost, tais como a Viva Aerobus ou a Volaris.

Para sair do aeroporto de Oaxaca, que fica a cerca de 8 km do centro histórico, você deverá usar o serviço de táxi oficial do próprio aeroporto, que conta com um guichê na área de desembarque. São dois os serviços oferecidos: o táxi regular e o táxi coletivo.

Para quem vai ao centro, região denominada como Zona 1, paga MXN 120 (R$ 36) por pessoa na van coletiva ou MXN 465 (R$ 140) pelo carro privado. Já para áreas fora do perímetro central, na Zona 2, o preço é de MXN 190 (R$ 60) por pessoa no serviço coletivo e MXN 680 (R$ 205) para o táxi regular.

O pagamento pode ser feito em dinheiro ou cartão e o serviço funciona bem, com vans e carros partindo com frequência após a chegada dos voos. Além disso, ao pegar o táxi coletivo, que comporta cerca de 10 pessoas, o motorista te deixará na porta do seu hotel.

Não há corridas por aplicativo como Uber, por exemplo, disponíveis em Oaxaca, nem outras operadoras de táxi que partem do aeroporto. O que existem são outros serviços de transfers disponíveis online, porém, mais caros do que o oficial.

De ônibus

Viajar de ônibus no México é confortável e econômico. As principais viações que operam a rota entre Cidade do México e Oaxaca são a Ado e a AU, em uma viagem que dura cerca de 7 horas. Espere pagar na passagem a partir de MXN 630 (cerca de R$ 190).

Ao comprar sua passagem, fique atento apenas à rodoviária de partida na Cidade do México, já que a capital conta com diversos terminais de ônibus. O mais central para o turista é o Terminal de Autobuses de Pasajeros de Oriente, também chamado de Terminal TAPO ADO.

Já em Oaxaca, a rodoviária fica próxima ao centro, distante 2 km da praça do Zócalo, o coração do centro histórico. Você encontra facilmente serviços de táxi para completar o percurso até seu hotel.

De carro

Caso seus planos sejam fazer uma road trip pelo México, saiba que a estrada que liga a Cidade do México a Oaxaca está em boas condições. A principal questão é a distância. Para percorrer os 470 km que as distanciam, espere dirigir cerca de 7 horas.

Entre os pontos de atenção estão o grande volume de automóveis nas rodovias, principalmente de caminhões, bem como alguns pontos de retenção.

Indicamos a Rentalcars para alugar um carro no México. Além de fazer a reserva sem burocracia, ele garante as melhores tarifas ao comparar preços de diversas locadoras.

COMO SE LOCOMOVER EM OAXACA

Pedestres caminhando no centro histórico de Oaxaca

Foto: Max Böhme via Unsplash

A principal forma de se locomover em Oaxaca é a pé, especialmente para quem se hospeda no centro histórico ou nas proximidades. Com as atrações turísticas da cidade localizadas próximas umas das outras, caminhar entre elas já é um verdadeiro passeio.

Para quem se hospeda mais longe, vale ter em mente que não há serviço de transportes por aplicativo em Oaxaca, como Uber, por exemplo. Porém, há uma ampla oferta de táxis.

A grande questão é que eles não rodam por taxímetro, mas sim por preços pré-combinados com o motorista. Minha dica: sempre negocie antes de embarcar no carro! Além disso, tenha dinheiro em espécie disponível para o pagamento.

Outra opção é usar o transporte público. Os ônibus, chamados de CityBus Oaxaca, passam pelas principais vias que ligam os bairros da cidade ao centro por uma passagem de apenas MXN 8 (R$ 2,40). O pagamento deve ser feito em espécie.

Já para conhecer os atrativos que ficam no entorno do destino, como os sítios arqueológicos e as fazendas produtoras de mezcal, a melhor alternativa é contratar um tour com agências locais. Os pacotes são completos e já incluem o transporte de ida e volta. Falarei mais sobre eles no tópico sobre o que fazer em Oaxaca.

QUANTOS DIAS FICAR EM OAXACA

Detalhes da arquitetura e decoração do centro de Oaxaca

Foto: Getty Images

Recomendo pelo menos 3 dias inteiros em Oaxaca para fazer o essencial da cidade.

Mas, caso tenha mais tempo disponível no seu roteiro de viagem pelo México, fique até 5 dias completos na cidade e, garanto, você terá atividades diferentes para todos eles.

ONDE FICAR EM OAXACA

Rua do centro histórico de Oaxaca, México

Rua do centro da cidade | Foto: Getty Images

A melhor região para se hospedar em Oaxaca é no centro histórico. Marcado pela arquitetura colonial e ruas de paralelepípedo, é nele que estão as principais atrações turísticas da cidade, bem como os melhores restaurantes.

Quem fica na área central, onde há opções de hotéis para diferentes orçamentos e preferências, poderá fazer praticamente tudo caminhando, garantindo comodidade e conveniência para os dias de viagem.

Outros bons bairros para ficar em Oaxaca são Jalatlaco e Xochimilco. Eles ficam bem próximos do centro histórico e garantem um pouco mais de tranquilidade sem perder em charme e localização.

Abaixo, selecionei excelentes hotéis em Oaxaca para variados orçamentos:

 

Econômico

  • Hostal Central Oaxaca: distante 750 metros da praça do Zócalo, o coração do centro histórico de Oaxaca, este hostel oferece quartos privativos assim como compartilhados. Inclui café da manhã nas diárias, além de ter cozinha de uso comum e jardim;
  • Hotel Camba: hotel simples, mas que garante o mínimo para uma boa estadia. Com ótima localização, a 5 minutos de caminhada do Zócalo, tem suítes com TV e ventilador de teto. Além disso, disponibiliza um café da manhã cortesia com uma bebida e pães;
  • Hotel La Casa de María: entre o centro histórico e Jalatlaco, este hotel tem instalações novas e confortáveis, em um casarão colonial reformado. Os quartos contam com ar-condicionado e TV. Há café da manhã, porém por uma taxa extra.

Bom custo-benefício

  • Hotel Dainzu: fica a apenas 350 metros do Zócalo e conta com um lindo pátio central típico das casas coloniais mexicanas. Não há café da manhã, mas conta com estacionamento público gratuito;
  • Suites Parador Santo Domingo de G.: oferece pequenos estúdios ou apartamentos com capacidade para até 5 pessoas que incluem uma cozinha equipada. A área comum tem piscina e estacionamento privativo gratuito. A localização é boa, distante 1 km do Zócalo;
  • AYOOK: com café da manhã incluso, este hotel fica em um casarão colonial cheio de charme com um lindo jardim central. Tem quartos com ar-condicionado e TV, assim como um terraço com vista para a cidade. Apenas 15 minutos de caminhada te levam até o coração do centro histórico.

Conforto

  • City Centro by Marriott Oaxaca: com suítes modernas e bem equipadas, fica no bairro de Jalatlaco. A área comum conta com piscina, jardim, academia, business center e um bar;
  • Hotel Materia: distante 500 metros do Zócalo, seus charmosos quartos incluem TV, mesa de trabalho e ar-condicionado, sendo que alguns têm banheira e varanda. Além disso, o café da manhã está incluso nas diárias;
  • Boulenc Bed and Bread: finalmente, essa outra excelente opção para ficar no centro histórico de Oaxaca também inclui café da manhã. Na área comum há terraço, restaurante e bar, e as suítes são amplas e bem equipadas.

O QUE FAZER EM OAXACA: MELHORES ATRAÇÕES

Oaxaca é um destino completo, que combina história, tradições, cultura e lindas paisagens naturais.

Além de explorar seu riquíssimo centro histórico – que é considerado um Patrimônio da Humanidade pela Unesco –, há diversos passeios pela região que levam a importantes sítios arqueológicos, bem como povoados produtores de bebidas típicas (no caso, o mezcal) e artesanato, como os famosos tapetes oaxaquenhos.

Veja abaixo o que fazer em Oaxaca:

Zócalo

Movimento de pessoas na praça do Zócalo de Oaxaca

Foto: Steve Cadman via Flickr

A praça do Zócalo, chamada oficialmente de Plaza de la Constitución, é o coração do centro histórico de Oaxaca e um excelente lugar para começar a explorar a cidade.

Rodeada por grandes jardins e edifícios coloniais e barrocos, a praça remonta à fundação da cidade, ainda no século XVI, e desde então é um dos pontos mais importantes do destino.

Dedique alguns minutos do seu dia para caminhar por sua extensão e apreciar seus detalhes. É nela que ficam, por exemplo, o Palácio do Governo e a Catedral de Oaxaca, com sua imponente fachada barroca.

Catedral Metropolitana de Oaxaca Nuestra Señora de la Asunción

Fachada da Catedral de Oaxaca, no Zócalo

Foto: Pexel

A Catedral de Oaxaca tem lugar de destaque no Zócalo. Sua construção começou em 1535 e apenas foi concluída em 1733, devido a inúmeras interrupções por terremotos.

Depois, a igreja passou por modificações, até chegar à sua configuração atual com uma imponente fachada barroca repleta de detalhes. Inclusive, a fachada é seu grande atrativo, feita em pedra verde, material típico da região.

Já seu interior é mais sóbrio, em estilo neoclássico. Ainda assim, conta com altares decorados com ouro e uma enorme imagem da Virgem da Assunção, padroeira da catedral.

Andador Turístico

Pedestres caminhando no Andador Turístico de Oaxaca

Foto: Roman Lopez via Unsplash

A melhor forma de explorar o centro de Oaxaca é andando sem rumo por suas encantadoras ruelas tomadas por casinhas coloniais. Mas tem uma em especial que você deve colocar no seu roteiro, a Rua Macedonio Alcalá, mais conhecida como Andador Turístico.

Apenas para pedestres, ela liga o Zócalo à Igreja de Santo Domingo de Guzmán. No caminho, você passará por lindas lojas de artesanato local, charmosos cafés, excelentes restaurantes de culinária típica, galerias de arte, entre outras atrações que nós, turistas, amamos.


Leia também:


Templo de Santo Domingo de Guzmán

Panorama do Templo Santo Domingo, em Oaxaca

Foto: Ryan Doyle via Unsplash

A igreja de Santo Domingo de Guzmán fica em uma das extremidades do Andador Turístico e é um ícone da arte colonial barroca mexicana.

A construção do templo começou em 1575 e terminou apenas em 1731, ou seja, exigiu mais de 150 anos de trabalho. O projeto foi liderado pela Ordem Dominicana, que comandou a evangelização dos indígenas da região durante o período colonial.

Durante anos, principalmente ao longo da Guerra de Independência Mexicana, o local foi tomado pelos militares, que o usaram como quartel. Foi apenas em 1902 que a igreja voltou para as mãos dos dominicanos.

Não foram poupados esforços para decorar seu interior, que conta com inúmeros detalhes folhados a ouro. Preste atenção especial no teto do átrio principal, que está pintado com a Árvore de Jessé, uma representação genealógica de Cristo.

Além disso, a igreja de Santo Domingo de Guzmán fazia parte de um complexo maior, que inclui também um convento. Atualmente, este antigo convento abriga o Museu de Culturas de Oaxaca.

Museo de las Culturas de Oaxaca

Área interna do Museu das Culturas de Oaxaca

Estrutura do antigo convento onde hoje está o museu | Foto: Getty Images

O Museu de Culturas de Oaxaca, localizado no antigo Convento de Santo Domingo de Guzmán, não pode ficar de fora da sua lista de o que fazer na cidade.

Afinal, ele é o museu mais importante do destino e conta, em suas 14 salas, a história da região desde as civilizações pré-hispânicas até o período atual.

Seu grande destaque vai para o Tesouro da Tumba 7 de Monte Albán. Trata-se de uma coleção de artefatos zapotecas (um povo indígena) encontrados em uma zona arqueológica próxima a Oaxaca. O tesouro inclui joias de ouro, objetos de jade e turquesa, ossos esculpidos e cerâmicas, considerados uma das descobertas mais importantes da arqueologia mexicana.

O Museu de Culturas de Oaxaca abre de terça a domingo das 9h às 17h. O ingresso custa MXN 95 (R$ 30).

Jardín Etnobotánico

Parte das plantas do Jardim Etnobotânico de Oaxaca

Foto: Imágenes de Mardoz

Ainda no espaço que ocupava o antigo Convento de Santo Domingo de Guzmán fica o Jardín Etnobotánico, outra atração imperdível de Oaxaca.

Como o nome já diz, a ideia do espaço é mostrar a relação das plantas da região com as culturas locais que, de fato, estão intimamente ligadas.

Em seus impressionantes 2,3 hectares, você encontrará plantas nativas do México divididas em áreas temáticas. Por exemplo, na área de plantas utilitárias estão as espécies utilizadas pelas populações indígenas ao longo dos séculos, como o agave, o milho, o feijão e tantas outras plantas medicinais.

Há também a parte que mostra as plantas sagradas assim como a rica biodiversidade do estado de Oaxaca, que concentra ecossistemas variados como o deserto, as florestas rasteiras e as florestas tropicais.

Para além de usar as plantas como alimentos e remédios, você verá no local que os povos nativos de Oaxaca fizeram uso da riqueza botânica da região para desenvolver suas construções e vestuários.

Outro destaque do jardim é um cacto gigante de mais de mil anos e que pesa cerca de cinco toneladas.

Para visitar o Jardín Etnobotánico, você precisa entrar em uma visita guiada, limitada a grupos de até 30 pessoas. O tour acontece de segunda a sexta (10h, 11h, 12h e 17h), e aos sábados (10h, 11h e 12h).

Não há venda antecipada nem reservas. Por isso, programe-se para chegar com antecedência. O ingresso custa MXN 50 (R$ 15).

Basílica de Nuestra Señora de la Soledad

Fachada da Basilica da Soledad em Oaxaca, México

Foto: Getty Images

Como toda boa cidade colonial, não faltam igrejas para visitar em Oaxaca. Mas, além das duas já citadas neste artigo, tem outra que vale a pena colocar no roteiro: a Basílica de Nossa Senhora da Solidão.

Dedicada à padroeira de Oaxaca, a Virgen de la Soledad, esta igreja barroca data do século XVII e tem uma fachada marcante, cheia de detalhes.

Sua altura moderada quando comparada aos demais templos religiosos do período tem um porquê. Optaram por fazê-la mais baixa para que não sofresse tantos danos em casos de terremotos, que são comuns na região.

Além disso, ela é um ponto de peregrinação importante do México, atraindo devotos de todo o país.

Museo Textil de Oaxaca

Turistas vendo exposição do Museu Têxtil de Oaxaca

Foto: Divulgação

Oaxaca leva grande fama por suas tradições têxteis, que vêm de séculos atrás, dos povos indígenas que habitavam a região antes mesmo dos espanhóis chegarem.

O Museu Têxtil de Oaxaca é um excelente lugar para aprender mais sobre essa história, entender como ela está fortemente ligada à cultura das comunidades indígenas oaxaquenhas e ver suas diferentes técnicas, das aplicadas antigamente até as atuais.

Localizado no centro histórico, ele abre de segunda a sábado, das 10h às 20h, e aos domingos, das 11h às 18h. A entrada é gratuita.

Museo de los Pintores Oaxaqueños (MUPO)

Quadros expostos no Museu dos Pintores Oaxaquenhos

Foto: Divulgação

O Museu dos Pintores Oaxaquenhos fica nas imediações do Zócalo, no centro histórico, e tem como objetivo apresentar as obras de artistas locais.

A maioria delas trata de temas culturais da região, assim como representações do imaginário indígena. Ele não é muito grande e ocupa algumas salas de um casarão colonial. Além da coleção permanente, conta com exposições temporárias interessantes.

O valor para entrar é de MXN 20 (R$ 6) e o espaço abre de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.

Museo de Arte Contemporáneo de Oaxaca (MACO)

Interior do Museu de Arte Contemporânea de Oaxaca

Foto: Divulgação

O Museo de Arte Contemporânea de Oaxaca também celebra os artistas locais, porém foca na produção de obras mais atuais.

Nele você verá pinturas, esculturas, fotografias, gravuras e instalações que refletem a diversidade da produção contemporânea da região. Alguns dos grandes nomes oaxaquenhos expostos ali são Rufino Tamayo, Francisco Toledo e Rodolfo Morales.

O museu conta também com interessantes exposições temporárias, que apresentam artistas novos ao público.

O local abre todos os dias, exceto às terças, das 11h às 18h, e cobra um ingresso de MXN 20 (R$ 6).

Museo de Arte Prehispánico de México Rufino Tamayo

Itens expostos no Museu de Arte Pré-Hispânica de Oaxaca

Foto: Divulgação

Para fechar a sequência de museus para conhecer em Oaxaca, indico uma passada no Museu de Arte Pré-hispânico do México Rufino Tamayo.

Criado pelo artista Rufino Tamayo – e por isso o nome –, ele conta com uma coleção de mais de mil peças arqueológicas encontradas não só em Oaxaca, como também nos estados mexicanos de Guerrero, Jalisco e Michoacán.

Mais do que expor itens tão antigos, a proposta do museu é destacar a beleza artística dessas peças criadas por povos que ocupavam o México antes da chegada dos europeus.

Com ingresso a MXN 90 (R$ 30) – domingo é gratuito -, o local abre todos os dias, exceto terça-feira, das 10h às 17h. Aos domingos fecha mais cedo, às 15h.

Mercado 20 de Noviembre

Passillo de Humo dentro do Mercado 20 de Novembro

Passillo de Humo | Foto: Viveoaxaca.org

O que fazer em Oaxaca inclui também visitar alguns dos seus muitos mercados. Um deles, talvez o mais famoso, é o Mercado 20 de Noviembre, no centro histórico.

Tomado por barraquinhas de comidas tradicionais, o local recebe tanto moradores famintos quanto turistas curiosos que buscam provar o melhor da comida callejera (comida de rua, em português) da cidade. Isso porque o 20 de Noviembre é excelente para provar alguns dos sabores autênticos de Oaxaca.

Nele você experimenta o mole oaxaquenho, o chocolate oaxaquenho com pan de yema, as tlayudas, os tamales, entre tantos outros pratos típicos da região.

É no Mercado 20 de Noviembre que fica o Passillo de Humo, um corredor com dezenas de barracas que preparam o churrasco mexicano, com diferentes cortes de carnes.

Além disso, o mercado conta também com venda de produtos locais, como o queijo Oaxaca, especiarias e uma variedade inimaginável de pimentas.

Ele abre todos os dias, das 7h às 19h.

Mercado Benito Juárez

Variedade de pimentas a venda no mercado Benito Juárez

Foto: Getty Images

Coladinho ao 20 de Noviembre está outro mercado, o Benito Juárez. Apesar de ter barracas de comida, seu foco está na venda de artigos como roupas, calçados e acessórios.

Além disso, nele você encontra tapetes, cerâmica, cestas de palha, entre outros itens de artesanato local. Há também produtos da região, como mel, cacau, pimentas secas, frutas, mezcal, entre tantas outras opções.

Agora, caso queira uma verdadeira imersão nos itens de artesanato local, ande uma quadra e você chegará no Mercado de Artesanías. O lugar é ideal para comprar lembrancinhas de viagem.

O Mercado Benito Juárez abre de segunda a sexta, das 9h às 17h.

Mercado Central de Abastos

Compradores e vendedores no Mercado Central de Abastos

Foto: zscezsar via Flickr

Finalmente, o tour pelos mercados de Oaxaca termina com o Mercado Central de Abastos, esse um pouco mais distante do centro, mas, ainda assim, a uma distância percorrível a pé.

Ele é o maior mercado da cidade e é onde os locais vão fazer suas compras do cotidiano. Tem de tudo! E, para além de comprar, nele você vive uma verdadeira experiência cultural.

Há variadas opções gastronômicas no Mercado de Abastos, mas uma se destaca. São as Memelas da Doña Vale, uma senhora que há anos prepara memelas (tortilhas feitas com um tipo de milho mais escuro) recheadas. O ingrediente especial, porém, é seu molho chamado salsa morita, que tem a receita guardada a sete chaves.

O Central de Abastos abre diariamente, das 7h às 20h.

Bairro de Jalatlaco

Decoração colorida no bairro de Jalatlaco, em Oaxaca

Foto: Kirk K via Flickr

Uma caminhada de 20 minutos do Zócalo te leva até o charmoso bairro de Jalatlaco, que já entrou para a lista de ‘50 lugares mais geniais do mundo’ da revista Time Out.

A arte de rua, com grafites originais e muito coloridos, está presente em cada ruazinha de Jalatlaco. Além disso, o bairro, que preserva seu calçamento de pedras coloniais, conta com deliciosos cafés, galerias de arte, lojas de artesanato, padarias e restaurantes.

Recomendo visitar o Once in Oaxaca, uma cafeteria de qualidade que também é um ateliê de um artista oaxaquenho. Ele vende lindos quadros e ilustrações inspirados na cidade.

Bairro de Xochimilco

Ruínas do Aqueduto de São Felipe no bairro Xochimilco

Ruínas do Aqueduto de São Felipe | Foto: Ted McGrath via Flickr

Outro bairro fora do centro histórico de Oaxaca mas que não poderia ficar de fora dessa seleção de o que fazer por lá é o Xochimilco.

Ele é um dos bairros mais antigo da cidade, datado do século XV, e guarda tanto encanto quanto seu vizinho Jalatlaco.

Além de murais coloridos e excelentes cafés e restaurantes, é nessa zona que estão as ruínas do Aqueduto de São Felipe, construído no século XVIII.

Minha dica especial é se deliciar na Corasán Taller de Pan Artesanal, uma padaria de ambiente agradável que serve pães e doces de sabores acima da média. Vá sem pressa e com fome!

Zona Arqueológica de Monte Albán

Ruínas do sítio arqueológico de Monte Albán

Foto: Matthew Essman via Unsplash

O Monte Albán fica a cerca de 30 minutos de carro do centro de Oaxaca e é considerado uma das zonas arqueológicas mais importantes do México.

Capital do povo zapoteca, as ruínas que vemos hoje no local datam de aproximadamente 500 a.C, o que revela que essa pode ter sido uma das primeiras cidades da Mesoamérica.

No sítio arqueológico você verá a Gran Plaza, o Palacio del Ocote, o campo do Juego de Pelota, bem como pirâmides, tumbas e observatórios astronômicos.

O ingresso do Monte Albán custa MXN 86 (R$ 25). Aconselho ir com guia para entender a fundo a história desse lugar tão especial.

Dica de passeio para o Monte Albán: esta excursão oferecida pela Civitatis possui 8 horas de duração e inclui, além do sítio arqueológico, os povoados de Arrazola, produtor dos tradicionais Alebrijes (esculturas de madeira coloridas), e de San Bartolo Coyotepe, onde há oficinas de cerâmica de barro negro, um tipo de argila encontrada em Oaxaca.

Hierve el Agua

Rocha que parece uma cachoeira congelada do Hierve el Água

Foto: Kamchatka

O Hierve el Agua é uma atração natural do estado de Oaxaca, distante cerca de 70 km de Oaxaca de Juárez. O lugar combina formações geológicas inusitadas, águas termais e paisagens de tirar o fôlego.

Com rochas que parecem cachoeiras congeladas, essa aparência fora do comum é resultado de milhares de ano de escoamento de água rica em minérios. No mundo, você só encontrará mais uma formação como essa, em Pamukkale, na Turquia.

Além de apreciar essas imensas cascatas petrificadas, no Hierve el Agua você poderá nadar em piscinas naturais de águas termais com temperaturas entre 22°C e 26°C, assim como fazer agradáveis trilhas.

Essa é mais uma atração de Oaxaca que aconselho fortemente conhecer com um tour guiado. Para entrar no Hierve el Agua há uma taxa de MXN 50 (R$ 15).

Dica de passeio para o Hierve el Agua: este tour guiado de dia inteiro leva os visitantes ao Hierve el Agua, ao povoado de Santa María del Tule (onde está a árvore mais larga do mundo, com 58 metros de largura), ao sítio arqueológico de Mitla, a uma produção têxtil artesanal em Teotitlán del Valle e, por fim, a uma destilaria de mezcal, onde você fará degustação da bebida.

Dia dos Mortos em Oaxaca

Celebração de Dia dos Mortos nas ruas de Oaxaca

Foto: Secretaría de Turismo del Estado de Oaxaca

É em Oaxaca que acontece a principal festa de Dia dos Mortos do México, que vai do final de outubro ao início de novembro.

A festa é fascinante, com muita música, altares coloridos, desfiles, shows e uma energia contagiante.

A tradição é milenar, de muito antes da chegada dos espanhóis ao país. Povos que então dominavam a região, tais como os maias, os astecas e os zapotecas, já faziam grandes celebrações para honrar seus mortos.

Com a chegada dos europeus, as tradições indígenas se fundiram com as católicas, concentrando o ritual no mesmo período em que se celebra o Dia de Todos os Santos e o de Finados no catolicismo, ou seja, em 1 e 2 de novembro.

Para os mexicanos, é no feriado do Dia dos Mortos que as almas retornam ao mundo dos vivos para visitar seus familiares. A partir daí, surgem uma série de simbolismos que fazem parte dos festejos, todos com o objetivo de manter viva a lembrança dos entes queridos.

Viver essa experiência em Oaxaca é algo de fato inesquecível. Caso sua viagem aconteça no período da festa, não deixe de ler nosso Guia do Dia dos Mortos de Oaxaca. Nele, concentrei tudo o que você precisa saber para aproveitar ao máximo os festejos.

ONDE COMER EM OAXACA

Chef preparando uma tradicional salsa mexicana

Preparo do molho no Casa Oaxaca | Foto: Getty Images

Oaxaca é conhecida em todo o México por sua culinária autêntica, que traz uma fusão especial e única entre as heranças indígenas e coloniais. Inclusive, há quem defenda que não existe comida mais mexicana do que a servida nos restaurantes, mercados e barracas de rua de Oaxaca.

Apelidada de ‘a terra dos 7 moles’, geralmente os pratos típicos oaxaquenhos acompanham um mole, que são molhos bem elaborados e marcantes. O mais famoso deles é o mole negro, uma mistura de especiarias, pimentas e cacau.

A verdade é que a comida da cidade é tão especial que comer bem em Oaxaca deveria estar no topo da sua lista de o que fazer na cidade.

Dito isso, veja abaixo excelentes restaurantes e barraquinhas de rua para comer em Oaxaca:

Restaurantes em Oaxaca

 

  • Casa Oaxaca: a experiência já começa com o preparo da salsa (molho, em português) direto na sua mesa, com base nas suas preferências de ingredientes e picância. O menu traz criações elaboradas usando apenas ingredientes locais e da temporada, por isso, ele muda a cada estação;

  • Origen: mais intimista, você pode escolher entre um menu degustação ou optar por pratos à la carte. Assim como o restaurante acima, o foco aqui são os ingredientes locais. O ceviche de pescado foi um dos melhores que já comi;

  • La Cocina de Humo: ideal para uma experiência autêntica, neste restaurante não há menu, mas sim uma sequência de pratos servidos pela chef que muda a cada dia conforme disponibilidade dos ingredientes. O preparo de tudo é feito diante dos olhos dos clientes, durante um delicioso bate-papo com quem comanda a cozinha. A experiência tem valor fixo de MXN 1.350 (R$ 450) e precisa ser reservada e paga com antecedência no site do restaurante. Vale o investimento!

Recomendo fortemente que reserve mesa nos restaurantes que deseja conhecer em Oaxaca. Essa cultura de reservas funciona bem no México e o próprio site do estabelecimento te dará o caminho para isso – na maioria das vezes, será através do site OpenTable.

Comida de rua em Oaxaca

 

  • Empanadas del Carmen: essa barraca de rua serve uma das melhores empanadas da cidade, que são tortilhas de farinha recheadas de diferentes sabores. Indico as de queijo com flor de calabaza (flor de abóbora) e de queijo com cogumelos;

  • Passillo de Humo: fica no Mercado 20 de Noviembre e são diversas barraquinhas que servem o churrasco mexicano. Você escolhe a carne que deseja assar na brasa e come com acompanhamentos e molhos variados. É muito bem servido;

  • Memelas de Doña Vale: no Mercado Central de Abastos, as tortilhas de milho recheadas acompanham o ingrediente especial da chef, um molho chamado de salsa morita que torna suas memelas umas das mais amadas de Oaxaca.

QUANDO IR PARA OAXACA

Decoração colorida nas ruas do centro de Oaxaca

Foto: Anastasiia Malai via Unsplash

O clima em Oaxaca é quente o ano todo. Porém, o período mais quente é em abril e maio, meses que marcam a reta final da estação seca. Nessa época, espere uma temperatura de até 33°C durante o dia.

Os meses de junho, julho, agosto e setembro seguem com os termômetros nas alturas, mas são mais chuvosos, o que ajuda a refrescar do calorão característico do destino.

Já quem visita a cidade entre outubro e março encontra um clima mais ameno durante o dia (média de 25°C) e fresco à noite (média de 15°C), sendo essa a melhor época para viajar para Oaxaca.

Para viver suas grandes festividades culturais, planeje a viagem para julho, quando acontece o Guelaguetza, festival que reúne diversas comunidades indígenas do estado, ou final de outubro e início de novembro, para participar da festa de Dia dos Mortos.

PRECISO DE VISTO PARA VISITAR O MÉXICO?

Desde agosto de 2022, brasileiros que viajam para o México precisam de visto para entrar no país.

No entanto, o visto não precisa ser necessariamente o mexicano. Aqueles que possuem vistos válidos para os Estados Unidos ou Canadá, por exemplo, podem utilizá-los para entrar no México também.

Para solicitar o visto mexicano, é necessário preencher um formulário no site do Consulado Mexicano no Brasil e agendar uma visita presencial. O consulado tem unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O valor para a emissão do documento é de US$ 53.

Baixe o mapa

Gostou das dicas de o que fazer em Oaxaca? Abra o mapa das atrações no Google Maps do seu celular e não perca nada durante a viagem!

Quem viaja para Oaxaca vê um México autêntico, onde as tradições indígenas seguem não apenas vivas, mas como parte inerente do cotidiano daqueles que residem ali.

Como deu para perceber, a lista de o que fazer em Oaxaca é longa e variada e, ao final, entrega ao turista uma experiência repleta de cultura, boa gastronomia e história secular.

Aproveite as dicas deste artigo para planejar seus dias na cidade e boa viagem!

Você sabia?

O Viaja que Passa ganha uma pequena comissão a cada reserva que você faz através dos links dos nossos parceiros. Você não paga nada a mais por isso e nos ajuda a continuar publicando conteúdos autorais e imparciais para ajudar na sua viagem!

Tags:  

«
»