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“Roteiro de 4 dias em Nova York: guia para uma primeira viagem”


Preparar um roteiro de 4 dias em Nova York é uma tarefa difícil. A cidade é interminável e, quanto mais você pesquisa sobre suas atrações, mais claro fica que uma única viagem para lá não será suficiente. E já aviso: não será mesmo.

Nova York é intensa e cheia de estímulos. Para uma primeira visita ao destino, a dica é ir preparado, com um roteiro que contemple aquilo que você mais deseja conhecer.

Neste artigo, vou te ajudar com essa tarefa, sugerindo um roteiro de 4 dias em Nova York ideal para quem conhecerá a cidade pela primeira vez. Ele combina uma logística eficiente com as atrações mais icônicas da cidade, garantindo que você aproveite ao máximo cada momento. Confira!

COMO SE LOCOMOVER DURANTE UM ROTEIRO EM NOVA YORK

A melhor forma de se locomover em Nova York é de metrô, sistema de transporte público operado pela MTA (Metropolitan Transportation Authority), que atende toda a zona turística do destino.

Ele pode parecer confuso à primeira vista, mas, basicamente, você precisa entender duas peculiaridades para usá-lo sem errar. A primeira é que um mesmo trilho atende trens de linhas diferentes. Ou seja, você pode estar esperando por um trem da linha ‘A’, mas, naquela mesma parada, também param trens da linha ‘C’.

A segunda peculiaridade é que as estações são separadas por sentido (norte, sul, leste, oeste), e uma não dá acesso à outra na maioria das vezes. Isso significa que, antes de entrar na estação, você precisa estar certo da direção em que deve ir.

A passagem do metrô custa US$ 2,90, e a melhor forma de pagar por ela é usando seu cartão de crédito ou débito por aproximação (que pode ser o da Wise) direto na catraca. Há ainda outras formas de pagamento, como com o OMNY Card, por exemplo, um cartão de transporte recarregável.

Além disso, a partir da sua 12ª viagem em um período de 7 dias, seus demais trajetos de metrô dentro dessa semana serão gratuitos.

Para facilitar a sua vida, nós preparamos um passo a passo de como usar o transporte no nosso guia do metrô de Nova York. Não deixe de lê-lo para já desembarcar na Big Apple sabendo tudo sobre o principal transporte da cidade.

 

ONDE SE HOSPEDAR PARA UM ROTEIRO EM NOVA YORK

Panorama de Midtown Manhattan, em Nova York

Midtown, área com mais atrativos turísticos de Nova York | Foto: Michael Discenza via Unsplash

O primeiro ponto a se ter em mente é que Nova York, especialmente Manhattan, é um dos lugares mais caros do mundo para se hospedar.

O segundo é que a cidade não se resume apenas a Manhattan. Além da ilha, Nova York conta com outros quatro distritos: Brooklyn, Queens, Bronx e Staten Island.

Ainda assim, Manhattan é o coração do destino e onde está a maioria das suas atrações. Em resumo, podemos dizer que as melhores regiões para se hospedar em Manhattan são Midtown Manhattan (centro de Manhattan) e Lower Manhattan (baixa Manhattan).

Para quem viaja a Nova York pela primeira vez, Midtown é a mais aconselhada, já que é onde você encontrará a maior concentração de cartões-postais novaiorquinos por metro quadrado.

Fora dos limites da ilha, ficar no descolado e autêntico bairro de Williamsburg, no Brooklyn, é uma excelente opção. Agora, para economizar com hotel, o melhor mesmo é ir para Long Island City, no Queens.

Nós temos um guia completo de onde ficar em Nova York com detalhes de cada uma das melhores regiões para se hospedar na cidade, assim como dicas de hotéis em cada uma delas. Vale a pena a leitura!

Abaixo, reunimos uma seleção compacta de bons hotéis para ficar em Nova York:

Econômico

  • Nap York Central Park Sleep Station: bem pertinho do Central Park, nos arredores da Times Square, este hostel tem dormitórios mistos e femininos com banheiros compartilhados. Tem uma cozinha de uso comum em cada andar, assim como uma área de socialização;
  • Pod 39: na estratégica área de Midtown East, trata-se de um edifício enorme com diversos quartos por andar, todos com banheiro. Embora pequenos, eles fizeram um bom trabalho de aproveitamento do espaço. Tem uma animada área comum para socializar e um lindíssimo rooftop aberto ao público;
  • The Local NY: em Long Island, no Queens, oferece quartos privados, bem como compartilhados. Conta ainda com uma cozinha de uso comum e um bar. Há uma estação de metrô a apenas 4 minutos de caminhada que te leva em 8 minutos até a Times Square.

Bom custo-benefício

  • Penny Williamsburg: este hotel fica no Brooklyn e tem estilo moderno, com uma cozinha compacta em todas as unidades. A localização é muito boa, em uma área tranquila, mas próxima ao centrinho do bairro. Tem um rooftop agradável e um ótimo restaurante;
  • Hotel Scherman: hotel boutique localizado no bairro de Hell’s Kitchen, pertinho da Times Square, na área de Midtown. Inclui café da manhã e tem quartos charmosos e confortáveis. Fica próximo ao metrô e à Restaurant Row, rua com excelentes restaurantes no bairro;
  • Radio City Apartments: a apenas 300 metros da Times Square, sua estrutura pode não ser das mais modernas, mas ele tem quartos espaçosos que contam com uma cozinha compacta, o que pode ajudar em refeições rápidas ou no café da manhã, por exemplo.

Conforto

  • Motto by Hilton New York City Chelsea: este hotel 4 estrelas novíssimo fica no charmoso bairro do Chelsea e conta com quartos bem iluminados e amplos, bom restaurante no lobby, academia e bar;
  • citizenM New York Times Square: a 1 minuto a pé da Times Square e a 5 minutos do Central Park, este hotel é moderno e garante um rooftop com uma vista incrível da região, assim como uma academia;
  • Walker Hotel Greenwich Village: no bairro de Greenwich, fica em um típico prédio de tijolos aparentes a apenas 800 metros do Washington Square Park. Sua decoração é inspirada nos anos 20, portanto, não falta elegância.

ROTEIRO DE 4 DIAS EM NOVA YORK

Vamos à melhor parte: planejar o que fazer na viagem. Para essa sugestão de roteiro de 4 dias inteiros em Nova York, priorizei as atrações novaiorquinas mais emblemáticas que não podem ficar de fora de uma primeira visita.

Além disso, também garanti uma boa logística entre atividades, para que seus dias rendam o máximo possível. Ao final, você confere o mapa das atrações citadas para otimizar os deslocamentos.

DIA 1 – Midtown Manhattan, Times Square e musical da Broadway

Dia ensolarado no Bryant Park, Nova York

Bryant Park | Foto: Getty Images

Grande parte dos cartões-postais novaiorquinos fica na região chamada Midtown Manhattan. Por isso, o primeiro dos 4 dias de roteiro por Nova York será focado nela.

Com o percurso proposto, no final da tarde você chegará à Times Square e, à noite, assistirá a um dos musicais da Broadway.

Midtown Manhattan

Comece na Grand Central Terminal, estação de trem mais famosa de Nova York. Seu imenso vão central e seu relógio histórico já apareceram em diversos filmes e, de fato, sua arquitetura impressiona.

Ao lado fica o Grand Central Market, mercado gastronômico que vale a pena incluir no roteiro caso busque um lugar para o café da manhã.

Depois, vá à Biblioteca Pública de Nova York. Ela é aberta ao público, então não deixe de explorar suas salas. Dentre elas, vale conferir a Treasures Exhibition, exposição com alguns tesouros do local, como manuscritos e mapas antigos.

Colado à biblioteca está o Bryant Park, que, para mim, é um dos mais agradáveis da cidade. Sente-se em um banco, descanse e aprecie a vista, rodeada por imensos arranha-céus. No inverno, o espaço recebe uma feira de Natal.

Neste ponto do roteiro você estará na Quinta Avenida de Nova York, luxuosa rua de compras da cidade. Caminhe nela com calma e olhe as vitrines das marcas mais famosas do mundo.

Dentre as lojas de destaque estão a Saks, enorme loja de departamentos; Uniqlo, marca japonesa de roupas minimalistas com foco em qualidade; assim como a Apple Store, marcada pela entrada via uma imensa caixa de vidro.

Ainda na Quinta Avenida, visite a St. Patrick’s Cathedral, uma das mais belas igrejas de Manhattan. Construída em 1879 em estilo neogótico, conta com lindos vitrais coloridos e um interior cheio de detalhes.

Atravesse a rua e você estará no Rockefeller Center, um dos mais icônicos edifícios novaiorquinos. É nele que montam a famosa árvore de Natal da cidade, bem como uma pista de patinação no gelo de outubro a janeiro.

Ali também fica a FAO Schwarz, antiga loja de brinquedos que recomendo dedicar alguns minutos. Sua grande atração é um piano gigante tocado com os pés.

Times Square

Poucos quarteirões o separam da Times Square. O ideal é chegar aqui um pouco antes do pôr do sol para ver justamente a mudança do visual ao anoitecer, com todas as luzes se acendendo.

A proposta é caminhar sem pressa, apreciar com calma os imensos painéis luminosos e entrar nas lojas que te chamarem a atenção. Indico três: a da M&Ms, da Hershey’s e da Disney.


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Musical da Broadway

Assistir a um musical da Broadway não pode ficar de fora de um roteiro de 4 dias em Nova York. Famosos por seus efeitos especiais, detalhes do cenário e figurino, assim como atores e músicos exemplares, o que não faltam são opções.

Geralmente, há mais de 60 peças em cartaz de uma só vez! Alguns clássicos são Wicked, O Rei Leão, Aladdin, Moulin Rouge, Chicago, The Book of Mormon, entre tantos outros.

Na minha última visita à cidade, assisti a Back to the Future (do filme ‘De Volta para o Futuro’). Bom, eu que cresci vendo a trilogia simplesmente amei!

É importante comprar seu ingresso com antecedência online. Há diversos sites para isso. Indico o TodayTix, o TKTS e o Broadway.com, que frequentemente oferecem boas promoções.

O preço do ingresso para a Broadway varia bastante conforme espetáculo, dia da semana, horário e assento. Mas, em média, você pagará entre US$ 50 e US$ 200.

Uma boa dica, caso queira viver essa experiência, mas deseje economizar, é ir ao guichê da TKTS da Times Square. Eles vendem ingressos com desconto para musicais que acontecerão no próprio dia.

Você não poderá escolher muito; afinal, nem sempre estará disponível aquela exata peça que deseja ver. Além disso, pode acontecer de apenas haver assentos com visão parcial. Ainda assim, você pagará bem mais barato pela entrada.

Após o musical, indico fugir da Times Square para jantar (onde, em geral, há apenas restaurantes fast foods) e ir até a Restaurant Row (West 46th Street), no bairro vizinho de Hell’s Kitchen. Serão cerca de 10 minutos de caminhada.

Esta rua de clima descontraído concentra excelentes restaurantes, um colado ao outro. Vá no Becco ou no Barbetta para culinária italiana, no Bareburger para um hambúrguer acompanhado de cervejas artesanais ou no Centrale, para um ambiente de bar.

 

DIA 2 – Museu, Central Park e observatório de Nova York

Pessoas passeando em barquinhos em lago do Central Park

The Bow Bridge no Central Park | Foto: Gagliardi Photography

A Big Apple abriga alguns dos museus mais importantes do mundo. Por isso, no segundo dos 4 dias deste roteiro por Nova York, aconselho escolher um dos principais museus da cidade para visitar pela manhã.

Entre eles estão o Museu Americano de História Natural, o Metropolitan Museum of Art (Met), o Museum of Modern Art (MoMA) e o Guggenheim.

À tarde, é hora de conhecer um dos grandes cartões-postais novaiorquinos, o Central Park. E, no início da noite, escolha um dos observatórios de Manhattan para subir e apreciar a vista dessa incrível metrópole.

Museu Americano de História Natural

Fundado em 1869, o Museu Americano de História Natural tem como objetivo ensinar os visitantes sobre o planeta Terra, o universo e a história da humanidade.

Uma das suas salas mais famosas é a dos dinossauros, no quarto andar. Ela conta com a maior coleção de fósseis de dinossauros do mundo, incluindo o esqueleto completo de um Tiranossauro Rex.

Já o salão dedicado à vida marinha, no primeiro andar, abriga o esqueleto de uma baleia-azul de quase 30 metros suspenso no teto.

Outra ala indispensável em uma visita é a Rose Center for Earth and Space, que explica de forma interativa sobre a origem do universo. Isso sem mencionar todo o pavilhão de biodiversidade, que aborda os diferentes povos que habitam a Terra.

Localizado em frente ao Central Park e aberto diariamente, o ingresso do museu custa US$ 30 e vale a pena comprá-lo online com antecedência para evitar filas.

Vale ter em mente que o Museu Americano de História Natural é imenso, então, um levantamento prévio das salas que mais deseja visitar é válido para otimizar seu tempo.

Metropolitan Museum of Art (Met)

Também de frente para o Central Park, o Metropolitan Museum of Art (Met) é o maior museu de arte dos Estados Unidos. Ou seja, outro que vale a pena ter um mínimo de planejamento antes de ir.

Seu acervo abrange mais de 5 mil anos de história, com salas que se dividem em arte antiga, com obras egípcias, gregas e romanas; arte europeia, com pinturas de artistas renomados como, por exemplo, Van Gogh, Monet, Picasso, Caravaggio e Edgar Degas; arte asiática e islâmica, além de arte africana, indígena americana e oceânica.

É nele que fica o Templo de Dendur, construído por volta do ano 15 a.C. no Antigo Egito e, agora, remontado dentro das salas do museu novaiorquino.

Com ingressos a US$ 30, a venda antecipada acontece no site oficial do museu. Ele fecha às quartas-feiras e abre nos demais dias das 10h às 17h, com horário estendido até as 21h às sextas e sábados.

Museum of Modern Art (MoMA)

O Museum of Modern Art (MoMA), localizado em Midtown Manhattan, a apenas 650 metros do Central Park, é outra excelente escolha para incluir no seu roteiro de 4 dias em Nova York.

Fundado em 1929, sua coleção abriga importantes obras de arte moderna e contemporânea. Por exemplo, é no MoMA que estão A Noite Estrelada de Vincent van Gogh, Les Demoiselles d’Avignon de Pablo Picasso e A Persistência da Memória de Salvador Dalí.

Além disso, outros renomados artistas como Andy Warhol, Monet e Frida Kahlo marcam presença no acervo do museu.

Com um tamanho relativamente menor do que os outros dois museus citados acima e com um enorme número de obras relevantes, na minha opinião, o MoMA é sempre uma agradável opção para os amantes da arte moderna, que em uma visita de poucas horas conseguem ver obras incríveis.

O MoMA custa, também, US$ 30, e abre todos os dias das 10h30 às 17h30 (aos sábados fica aberto até as 19h). Compre seu ingresso online com antecedência.

Guggenheim

Também nas imediações do Central Park, a quarta opção de museu para incluir no seu roteiro em Nova York é o Solomon R. Guggenheim Museum, também chamado apenas de Guggenheim.

Assim como o MoMA, sua coleção foca na arte moderna e contemporânea e traz nomes de peso como, por exemplo, Edgar Degas, Manet, Picasso, Miró, entre outros. Não vou mentir que, para os apreciadores deste tipo de arte, o Guggenheim e o MoMA travam uma batalha difícil ao precisar escolher apenas um para visitar.

Outro destaque do Guggenheim é seu edifício, que chama a atenção pela forma em espiral. Os visitantes exploram a exposição descendo uma rampa contínua, algo diferente e único.

Aberto diariamente das 10h às 15h30, o ingresso custa US$ 30. Compre online e evite filas na bilheteria.

Central Park

Depois de uma manhã no museu escolhido, dedique sua tarde ao cênico Central Park. Localizado no coração de Manhattan, sua área de cerca de 3,5 km² entrega um mix de áreas verdes com atrações turísticas.

Alguns dos destaques do parque são:

  • Belvedere Castle: pequeno castelo de pedras no meio do parque;

  • The Bow Bridge: uma das mais famosas pontes do Central Park;

  • Alice in the Wonderland: estátua com personagens de Alice no País das Maravilhas onde crianças costumam brincar;

  • Strawberry Fields: jardim dedicado ao músico John Lennon com um mosaico escrito ‘Imagine’;

  • The Mall and Literary Walk: grande avenida para pedestres, muito arborizada e perfeita para caminhadas em meio à natureza. Em um extremo dela ficam estátuas de escritores famosos, como Shakespeare e Robert Burns, e no outro fica mais um ponto emblemático do parque, o Bethesda Terrace;

  • Bethesda Terrace e Bethesda Fountain: verdadeiros cartões-postais do Central Park, sem dúvida, você já os viu em diversos filmes. Um grande terraço com vista para o lago, onde há um enorme pátio com uma fonte com a Anjo das Águas;

  • The Reservoir: uma das melhores áreas do parque para quem quer aproveitar o passeio para se exercitar. Uma trilha contorna um grande lago e garante lindas vistas do horizonte de Manhattan;

  • Wollman Rink: caso visite Nova York entre o final de outubro e meados de março, não deixe de conferir este ponto, onde montam a pista de patinação de gelo do Central Park.

Aluguel de bicicleta no Central Park: o entorno do Central Park é repleto de quiosques que alugam bicicletas por hora. Porém, tenha em mente que a maioria dos locais citados acima fica em áreas proibidas para bicicletas. Quem opta por pedalar no parque precisa seguir um caminho exclusivo, que contorna o Central Park.

Observatório de Nova York

Os imensos edifícios comerciais novaiorquinos, alguns na lista de maiores do mundo, foram pioneiros em criar uma atração indispensável para o turista: observatórios de onde se têm as vistas mais incríveis da cidade.

O melhor horário para subir neles – e não à toa o mais disputado – é um pouco antes do pôr do sol. Ver o entardecer do topo de um prédio e, depois, as luzes da cidade se acenderem é, de fato, algo para incluir no seu roteiro de 4 dias em Nova York.

Abaixo, listei 5 dos principais observatórios de Nova York para que você escolha um para visitar.

Mas antes, um adendo: independente de qual escolher, compre seu ingresso com antecedência através do respectivo site oficial da atração. Apenas neles você terá acesso a todos os horários disponíveis para subida, bem como a eventuais preços promocionais.

Empire State Building

O Empire State Building, inaugurado em 1931 e localizado em Midtown, é um dos símbolos de Nova York.

Sendo o primeiro arranha-céu do mundo a ultrapassar a marca de 100 andares (ele tem 102), sua construção, em aço, aconteceu em tempo recorde: apenas 410 dias.

Quem opta por subir até seu observatório, que ocupa do 86º ao 102º andar, passa pela história do edifício, que conta desde as inovações tecnológicas da sua obra até momentos históricos que tiveram o Empire State como pano de fundo.

Para visitar apenas o deck principal, no 86º andar, os ingressos se iniciam em US$ 44. Já para acessar os demais andares, deve-se pagar a partir de US$ 79. O horário do pôr do sol, por ser mais requisitado, também é mais caro, custando em torno de US$ 90.

Top of the Rock (Rockefeller Center)

Outro ícone novaiorquino, o Rockefeller Center também fica em Midtown Manhattan e teve sua construção iniciada em 1931, justamente quando a grande depressão americana começou. Seu observatório, o Top of the Rock, fica no 67º andar.

Dentre as vantagens de escolhê-lo, está a vista privilegiada para o Empire State Building e para o Central Park, além de ter uma área interna e externa, todas em vidro e, portanto, sem obstrução para fotos. Além disso, o Top of the Rock costuma ser menos concorrido que o Empire State.

Também na lista de vantagens, subir no Rockefeller Center é mais barato do que qualquer outro observatório de Nova York. A entrada custa entre US$ 34 e US$ 61, a depender da hora do dia (os mais caros são no entardecer).

One World Observatory

O One World Observatory fica no topo do novo World Trade Center, chamado de One World Trade Center. Inaugurado em 2015, ele é nada mais, nada menos, que o edifício mais alto do ocidente (541 metros de altura).

Localizado no Financial District, mesma área que ficavam as Torres Gêmeas, seu observatório ocupa do 100º ao 102º andar e, diferente dos demais, nele você tem vistas para a Estátua da Liberdade, a ponte do Brooklyn e o Rio Hudson.

Outro diferencial é o uso da tecnologia. Seus elevadores, chamados de Sky Pod, levam apenas 60 segundos para chegar ao último andar do prédio e são uma atração à parte. Usando a realidade virtual, eles contam a história de Nova York.

Além disso, o observatório tem diversas telas interativas, simulações e efeitos especiais que ajudam a entender os grandes acontecimentos da cidade.

O ingresso para o One World Observatory se inicia em US$ 44 e, quanto maior a antecedência da compra, mais chances de conseguir um valor mais baixo via site oficial.

The Edge

Inaugurado em 2020 e localizado no Hudson Yards, no bairro do Chelsea, o The Edge tem um grande diferencial: uma plataforma ao ar livre com piso de vidro. Construído no 100º andar, é o deck de observação mais alto do ocidente.

O frio na barriga está garantido, já que a sensação é de flutuar no ar a mais de 300 metros de altura.

Seu acesso custa a partir de US$ 45 e encarece nos horários mais requisitados. Porém, ao comprar com antecedência pelo site, você consegue o menor preço mesmo para subir ao entardecer.

Summit One Vanderbilt

Finalmente, o Summit One Vanderbilt é um dos mais novos observatórios de Nova York, inaugurado em 2021. No topo do edifício One Vanderbilt, em Midtown Manhattan, seu destaque são as instalações interativas, bastante instagramáveis.

A experiência de ver Nova York do topo do Summit One Vanderbilt te leva ao 93º andar por um elevador com paredes de vidro. Uma vez nele, você encontrará salas espelhadas, entre outras atividades sensoriais que ficam bonitas na foto, principalmente somadas ao horizonte da Big Apple ao fundo.

O ingresso custa a partir de US$ 42 e há um custo adicional de US$ 10 para subir no pôr do sol.

DIA 3 – Chelsea e Greenwich Village

Hudson Yards com The Vessel à frente, no Chelsea, Nova York

The Vessel | Foto: Mitch Hodiono via Unsplash

Os bairros do Chelsea e de Greenwich Village são atualmente um dos bairros mais caros para se viver em Manhattan. Não à toa, eles esbanjam o melhor do charme e da energia da cidade.

E, no seu terceiro dia de roteiro em Nova York, é a hora de explorá-los.

Chelsea

Comece seu dia no Chelsea, mais especificamente no Hudson Yards, um grande complexo urbano localizado nas margens do rio Hudson.

É nele que ficam o The Edge, um dos mais altos edifícios de Manhattan; o Mercado Little Spain, com delícias espanholas; bem como o agradável Pier 76 Hudson River Park, um parque urbano.

No centro do Hudson Yards fica o The Vessel, edifício de design único de 15 andares composto unicamente por escadas, que ao todo compõem 2.500 degraus.

Inaugurado em 2019 e após anos fechado por casos de suicídio no local, ele acaba de reabrir (outubro/2024). Porém, por questões de segurança, agora conta com uma proteção de aço, há uma entrada de US$ 10 e visitantes sozinhos não são permitidos.

Tire um tempo para explorar a área sem pressa. Em seguida, caminhe até a entrada do High Line Park, um parque que ocupa uma antiga linha de trem suspensa. Da entrada do High Line Park até o Chelsea Market, sua próxima parada, será uma deliciosa caminhada de 1,7 km, toda feita pelo parque suspenso.

O ideal é chegar ao Chelsea Market com fome, porque o espaço conta com inúmeras opções gastronômicas. Ocupando um antigo galpão de uma fábrica de biscoito, o espaço conserva seu aspecto industrial, o que dá um charme extra.

Alguns restaurantes por ali que recomendo são o Lobster Place, para frutos do mar; o Los Tacos No.1, para comida mexicana; o Black Seed Bagels, para tradicionais sanduíches novaiorquinos; e o Dickson’s Farmstand Meats, especializado em carnes. Para sobremesa, passe na padaria Sarabeth’s.

Alimentado, relaxe no Little Island Park, um dos mais novos parques de Nova York. Projetado pelo mesmo arquiteto do The Vessel, uma estrutura de modernas palafitas em formato de tulipas submergem do rio Hudson, dando à cidade mais uma agradável área verde.

Greenwich Village

O restante do seu dia será explorando o animado bairro de Greenwich Village, chamado carinhosamente de The Village.

Para isso, caminhe do Chelsea até o Washington Square Park, costurando as ruas entre os bairros. Essa área residencial é charmosíssima, tomada por aqueles típicos prédios novaiorquinos de tijolo aparente e uma pequena escada para a porta de entrada. Uma dessas ruas emblemáticas é a Perry Street.

Na andança, vale a pena passar pela livraria Three Lives & Company e pelo Pier 46 at Hudson River Park, mais um agradável parque à beira do rio.

Já no entorno do Washington Square Park, você encontrará a vida agitada do The Village. Excelentes opções de bares, sobretudo com jazz ao vivo, se concentram nas ruas MacDougal, Bleecker e Sullivan. Dois clássicos da região são o Blue Note e o Village Vanguard.

Caso esteja com fome, anote duas excelentes dicas econômicas: NY Dosas, barraquinha de rua que serve saborosos pratos indianos (as dosas são incríveis) e o Mamoun’s Falafel, um pequeno restaurante de comida do Oriente Médio.

Greenwich Village também concentra um bom número de bares speakeasy. O termo, que se originou no início do século XX em Nova York, denominava os bares que vendiam álcool escondido no período em que a bebida foi proibida nos Estados Unidos.

Hoje, são bares intimistas que mantêm esse clima clandestino e, geralmente, contam com bandas de extrema qualidade. Indico incluir no seu roteiro o Employees Only e o Arthur’s Tavern.

DIA 4 – Financial District e Brooklyn

Panorama do Brooklyn Bridge Park com carrossel

Jane’s Carousel no Brooklyn Bridge Park | Foto: Brad Shortridge via Unsplash

Existe vida e atrações fora de Manhattan! Dedique seu dia 4 do roteiro em Nova York – ou, de preferência, um domingo – para descobrir um pouco do Brooklyn, distrito que no passado foi uma área industrial e que atualmente tem um clima descolado e hipster.

No caminho, aproveite para ver alguns dos pontos turísticos do Financial District.

Financial District

Comece desembarcando na estação de metrô Broad St ou Bowling Green, no Financial District, extremo sul de Manhattan.

Sua primeira parada será na estátua do Touro de Wall Street (Charging Bull). Instalada em 1989, ela simboliza a força e o otimismo de Nova York, que pouco antes deste ano havia enfrentado uma grande crise econômica.

A lenda diz que aquele que coloca a mão nas partes íntimas do touro terá prosperidade financeira. Essa lenda justifica as grandes filas para tirar uma foto com a estátua.

Próxima parada: Bolsa de Valores de Wall Street, o coração financeiro da cidade. Em frente, fica outra estátua, essa mais nova, de 2017. Fearless Girl retrata a força feminina e a luta pela igualdade de gêneros com a imagem de uma menina de punhos fechados e uma expressão determinada.

Ela havia sido instalada temporariamente em frente à estátua do touro, mas o sucesso foi tanto que optaram por deixá-la permanente, apenas trocando de local, agora em frente à Bolsa de Valores.

Em seguida, visite a Trinity Church, igreja anglicana de 1697 repleta de vitrais coloridos. Ela conta com um dos cemitérios mais antigos de Nova York em seu jardim.

Siga a caminhada pelo Financial District, agora até o Oculus World Trade Center. O local, aberto em 2016, é um terminal de trem combinado a um centro comercial, mas o que chama a atenção é sua arquitetura inovadora. Quem o projetou foi Santiago Calatrava, mesmo arquiteto que assina o Museu do Amanhã, do Rio de Janeiro.

Muito próximo está o Memorial do 11 de Setembro, criado no exato lugar onde se erguiam as Torres Gêmeas. O espaço homenageia as quase 3 mil vítimas do atentado terrorista de 2001. Ao lado, fica o Museu Nacional do 11 de Setembro, que conta a história do atentado.

Dumbo

Após conhecer o Financial District, hora de passar para o lado de lá do rio. Para isso, ande até a entrada da Ponte do Brooklyn e atravesse-a a pé.

São apenas 1,8 km que te contemplarão com uma linda vista de Nova York e do East River. Ao longo do caminho, você ainda descobrirá curiosidades sobre a construção, como, por exemplo, que ela foi a primeira ponte suspensa de aço do mundo, inaugurada em 1883. Inclusive, note a espessura desses cabos durante a caminhada.

Ao chegar no Brooklyn, você estará no bairro chamado Dumbo (abreviação de Down Under the Manhattan Bridge Overpass). Caminhe pelo Brooklyn Bridge Park, parque à beira do East River, e não deixe de conferir o Jane’s Carousel, um carrossel de 1922.

Explore as ruas dos arredores, onde antigos armazéns industriais se transformaram em galerias de arte e espaços culturais. Um exemplo deles é o Empire Stores, onde, além de lojas interessantes, você encontra também o Time Out Market, mercado gastronômico com diversas boas opções para comer e beber.

Não deixe de ir até a sua cobertura, onde há um terraço público com vistas imperdíveis da Ponte do Brooklyn e do panorama de Manhattan.

Também é no Dumbo que fica um ponto famoso para fotos, no cruzamento entre as ruas Washington Street e Front Street. Nessa interseção, você terá a Ponte de Manhattan ao fundo e os típicos predinhos de tijolos aparentes do Brooklyn ao redor. No horizonte, estará o Empire State Building em destaque.

Williamsburg

Para fechar seus 4 dias de roteiro em Nova York, vá até o píer de onde partem os ferrys (Brooklyn Bridge Park – Pier 1) e pegue a balsa até a estação North Williamsburg (será a segunda parada). Você compra a passagem por US$ 4,50 nas maquininhas da estação.

Ao desembarcar, você estará no bairro de Williamsburg, outra região vibrante do Brooklyn. Um paraíso para os amantes da moda e do design, caminhe sem pressa pelas suas ruas, que são repletas de grafites criativos e originais (principalmente na North 6th Street e na Berry Street).

Foque a bateção de perna entre a Bedford Ave e a Grand Street. Por ali estão lugares interessantes, como os mercados Artists & Fleas e The Mini Mall. Fora dessa área, mas ainda assim muito próximo, fica uma unidade do Beacon’s Closet, um dos brechós novaiorquinos mais renomados.

Áreas verdes também não faltam. Certifique-se de passar pelo McCarren Park, pelo East River State Park, à beira do rio, e pelo Domino Park, o mais novo parque da região.

Outro motivo pelo qual Williamsburg é famoso é por suas cervejarias artesanais. Dentre as mais conhecidas estão a Brooklyn Brewery e a Brooklyn Bowl, que também tem um boliche e uma casa de shows. Indico ainda a Radegast Hall & Biergarten, com clima descontraído e excelentes cervejas.

Caso sua visita aconteça em um sábado entre abril e outubro, você encontrará ainda o Smorgasburg, um delicioso mercado gastronômico de rua que acontece no East River State Park.

BAIXE O MAPA DO ROTEIRO DE 4 DIAS EM NOVA YORK

Gostou das dicas para um roteiro de 4 dias em Nova York? Abra o mapa das atrações no Google Maps do seu celular e tenha tudo à mão durante a sua viagem!

Como disse no início deste artigo, as atrações da Big Apple nunca se esgotam. Em um roteiro bem planejado de 4 dias em Nova York, é possível explorar os pontos essenciais e vivenciar a energia única do destino. Ainda assim, é inevitável sair com o gostinho de quero mais.

Por isso, priorize o que realmente é indispensável para a sua primeira visita e aproveite cada momento sem pressa. Confie, mesmo com mais tempo, seria impossível absorver tudo o que a cidade oferece.

Use este roteiro como ponto de partida, planeje-se com sabedoria e, acima de tudo, divirta-se!

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